Amados em Cristo:
Tendo em vista que a TV Globo está programando a exibição, para dezembro, do filme O Código DaVinci, embasado no livro que nega a divindade de Cristo e até O apresenta como marido de Maria Madalena, achei que deveria traduzir este artigo para dar a vocês mais respaldo para discutirem o assunto com os crentes (fracos na Palavra) e os incrédulos. Foi este o presente que me dei no dia do meu aniversário.
Espero que D'us tenha me dado a necessária sabedoria para traduzir o texto e que este possa ser, de fato, uma boa arma na mão de vocês.
Com amor no Rei dos reis e Senhor do senhores.
ESTE ARTIGO FOI TRANSCRITO DO SITE A SEGUIR:
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(Uma refutação ao Código Da Vinci)
O Código Da Vinci principia com o assassinato do curador de um museu na França, chamado Jacques Saunière. Um erudito professor em Harvard e uma bela criptóloga francesa são encarregados de decifrar uma mensagem deixada pelo curador, antes dele falecer. Esta mensagem vai servir para revelar a mais profunda conspiração da história da humanidade: o segredo da verdadeira mensagem de Jesus Cristo por um ramo secreto da ICAR chamado Opus Dei.
Antes de morrer, o curador havia descoberto que poderia refutar a divindade de Cristo. Contudo (segundo a conspiração), a Igreja tentou durante séculos suprimir a evidência para a qual os grandes pensadores e artistas haviam colocado senhas em toda parte: em pinturas tais como a Mona Lisa e a Última Ceia de Leonardo Da Vinci; na arquitetura das catedrais e até mesmo nos desenhos de Walt Disney. As principais afirmações são:
* O Imperador Constantino conspirou no sentido de deificar Jesus Cristo.
* Constantino selecionou pessoalmente os livros do Novo Testamento.
* Os evangelhos gnósticos foram banidos pelos homens, a fim de suprimirem as mulheres.
* Jesus e Maria Madalena foram casados secretamente e tiveram um filho.
* Milhares de documentos secretos refutam os pontos chaves do Cristianismo.
Brown revela sua conspiração, usando um fictício perito em livros, o historiador britânico da Realeza, Sir Leigh Teabing. Apresentado como um sábio e idoso erudito, Teabing revela à criptóloga Sofie Neveu que, no Concílio de Nicéia, em 325 d.C., “muitos aspectos do Cristianismo foram debatidos e votados”, inclusive, a divindade de Jesus.
“Até aquele momento da história”, ele diz, “Jesus era visto pelos seus seguidores como um profeta mortal, um homem grande e poderoso, mas simplesmente um homem”. Neveu fica chocada e pergunta: “Então, Ele não era o Filho de D'us?”
Teabing explica: “o estabelecimento de Jesus como o Filho de D'us foi oficialmente proposto e votado no Concílio de Nicéia”.
“Um momento! O senhor está afirmando que a divindade de Jesus dependeu de um voto?”
“De fato, um voto relativamente decisivo”, diz Teabing à espantada criptóloga (2).
Então, conforme Teabing, Jesus não era considerado como D'us até o Concílio de Nicéia, em 325 d.C., quando, supostamente, os verdadeiros registros a respeito de Jesus foram desconsiderados e destruídos. Desse modo, segundo esta teoria, todo o fundamento do Cristianismo está colocado sobre uma mentira.
O Código Da Vinci vendeu facilmente sua estória, atraindo os comentários de leitores, tais como: “Se ele não fosse verdade não poderia ter sido publicado” [N.T.: ignorando que a mídia se alimenta principalmente de mentiras]. Alguns disseram que “jamais iriam colocar novamente os pés numa igreja”. Um dos revisores do livro elogiou-o pela sua “pesquisa impecável”. (3). Tudo isso é muito convincente para um livro de ficção!
Por um momento, vamos admitir que a proposta de Teabing fosse verdadeira. Por que, então, o Concílio de Nicéia resolveu promover Jesus à divindade?
“Tudo era uma questão de poder!”, Teabing prossegue: “Fazer de Cristo o Messias era essencial para o funcionamento conjunto da Igreja e do Estado. Muitos eruditos afirmam que a igreja primitiva literalmente havia furtado Jesus de seus seguidores, apossando-se de sua mensagem humana, para, em seguida vesti-la com um impenetrável manto de divindade e usando isso para expandir o seu poder” (4).
De muitas maneiras, o Código Da Vinci é que é, principalmente, uma teoria da conspiração. Se as afirmações de Brown forem corretas, então, os cristãos têm engolido uma mentira que lhes foi entregue pela igreja, pela história e pela Bíblia. Talvez, até mesmo por aqueles em quem deveríamos confiar, nossos pais ou mestres. E tudo isso em nome de um poder obstinado!
Embora o Código Da Vinci seja uma obra fictícia, ele embasa suas premissas sobre eventos verdadeiros (do Concílio de Nicéia), pessoas reais (Constantino e Ário) e documentos existentes (os evangelhos gnósticos). Se formos ao âmago da conspiração, devemos endereçar nosso projeto às acusações de Brown, separando os fatos da ficção.
Constantino e o Cristianismo
Nos séculos que antecederam o reinado de Constantino sobre o Império Romano, os cristãos foram severamente perseguidos. Foi então que, enquanto estava entrincheirado em batalha, Constantino afirmou ter visto, no céu, a clara imagem de uma cruz, na qual estavam escritas estas palavras “Com este sinal vencerás”. Ele marchou para a batalha, sob o sinal da cruz e ganhou o controle do país.
A aparente conversão de Constantino ao Cristianismo foi um banho refrigerante em favor da igreja. Roma se tornou um império cristão. Pela primeira vez, em quase 300 anos, era relativamente seguro e até elegante ser cristão [N.T.: E como a história se repete, hoje em dia, ser cristão (evangélico festeiro) é estar na crista da onda].
Os cristãos deixaram de ser perseguidos por causa de sua fé e Constantino pôde unificar os dois impérios - oriental e ocidental - os quais haviam se dividido por cismas, religiões e seitas, a maioria centralizada no assunto da identidade de Cristo.
Existem algumas sementes de verdade no Código Da Vinci e estas são um requisito para uma bem sucedida teoria da conspiração. Contudo, a conspiração do livro consegue transformar Constantino num conspirador. Neste caso, vamos analisar a questão chave levantada pela teoria de Brown: Será que foi Constantino quem inventou a doutrina da divindade de Jesus?
Deificando Jesus
Para responder a acusação de Brown, devemos, antes de tudo, determinar aquilo em que os cristãos em geral acreditavam, antes de Constantino ter convocado o Concílio de Nicéia. Os cristãos sempre adoraram Jesus, desde o século I. Contudo, no século IV, um líder eclesiástico do Oriente, por nome Ário, deslanchou uma campanha para defender a unidade de D'us (Unitarismo). Ele afirmava que Jesus era um ser especialmente criado, mais elevado do que os anjos, porém não era D'us. Por outro lado, Atanásio e a maioria dos líderes eclesiásticos tinham certeza de que Jesus era o D'us encarnado.
Constantino resolveu acabar com essa disputa, na esperança de trazer paz ao seu império, unindo as facções do Oriente e do Ocidente. Deste modo, em 325 d.C., ele convocou mais de 300 bispos a Nicéia (hoje uma parte da Turquia), de todo o mundo cristão. A questão crucial foi a seguinte: a igreja primitiva acreditava que Jesus era o Criador ou apenas uma criação - que Ele era o Filho de D'us ou apenas o filho de um carpinteiro? E o que os apóstolos ensinaram sobre Jesus? Conforme o registro de suas primeiras declarações, eles O consideravam como D'us. Cerca de 300 anos após a 'morte e ressurreição de Jesus, Paulo havia escrito aos filipenses que Jesus era D'us em forma de Homem (Filipenses 2:6-7). E João, uma testemunha ocular e íntima de Jesus, confirmava Sua divindade, na seguinte passagem: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com D'us, e o Verbo era D'us. Ele estava no princípio com D'us. Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez. Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens” (João 1:1-4).
Esta passagem de João 1 foi descoberta num antigo manuscrito datado (por carbono) entre 175 e 225 d.C. Deste modo, ficou claramente comprovado que Jesus era D'us, cem anos antes de Constantino ter convocado o Concílio de Nicéia. Temos agora a evidência de um manuscrito verdadeiro, o qual contradiz a afirmação do Código Da Vinci de que a divindade de Jesus foi uma invenção do século IV. Mas, então, o que nos conta a história sobre o Concílio de Nicéia? Brown declara em seu livro, através de Teabing, que a maioria dos bispos de Nicéia derrotou a crença de Ário de que Jesus era apenas um “profeta mortal”, tendo adotado a divindade de Jesus “por um voto relativamente decisivo”. Isso é verdadeiro ou é falso?
De fato, o que o livro chama de “voto relativamente decisivo” foi uma avalanche de votos, ou seja, apenas 02 dos 330 bispos discordaram da divindade de Jesus. Enquanto Ário acreditava que somente o Pai era D'us e que Jesus era Sua criação suprema, o Concílio concluiu que Jesus e o Pai eram da mesma essência divina.
O Pai, o Filho e o Espírito Santo foram considerados como Três Pessoas distintas, em um só D'us. Esta doutrina de um só D'us em três Pessoas tornou-se conhecida como o “Credo de Nicéia”, sendo o âmago da fé cristã. É verdade que Ário era persuasivo e gozava de grande influência e que a avalanche de votos aconteceu após acirrado debate teológico. Porém, no final, o Concílio declarou de modo retumbante que Ário era um herege, visto como o seu ensino contradizia o que os apóstolos haviam ensinado sobre a divindade de Jesus. A história confirma ainda que Jesus havia condescendido publicamente em ser adorado e que Ele recebia adoração dos Seus discípulos. Como já vimos, Paulo e os outros apóstolos ensinaram claramente que Jesus é D'us e digno de toda adoração.
Desde os primeiros tempos da igreja cristã, Jesus foi considerado muito mais do que um mero homem e a maioria dos Seus seguidores O adorava como sendo o Senhor - Criador do Universo. Então, como poderia Constantino ter inventado a teoria da divindade de Jesus, se a igreja já O havia considerado ser D'us, mais de 200 anos antes? O Código Da Vinci não consegue responder esta pergunta!!!
Desafio ao Cânon
O Código Da Vinci também declara que Constantino suprimiu todos os documentos a respeito de Jesus, fora os que se encontram no Cânon do Novo Testamento atual (reconhecido pela Igreja como testemunha autêntica dos registros dos apóstolos). Ele afirma ainda que as narrativas do Novo Testamento foram alteradas por Constantino e que os bispos reinventaram Jesus. Outro elemento chave da conspiração do Código Da Vinci é que os evangelhos do Novo Testamento foram compilados, aleatoriamente, de um total “de mais de 80 evangelhos”, e que a maior parte deles foi suprimida por Constantino (5).
Temos aqui dois pontos importantes, aos quais devemos nos referir. O primeiro é se Constantino alterou ou prejudicou a seleção dos livros do Novo Testamento. O segundo é se ele barrou os documentos que deveriam ter sido incluídos no Novo Testamento...
Com referência ao primeiro, cartas e documentos escritos, tanto pelos hereges como pelos líderes do século II da Igreja, confirmam o amplo uso dos livros do Novo Testamento. Quase 200 anos antes de Constantino ter convocado o Concílio de Nicéia, o herege Marcion fez uma lista de 11 dos 27 livros do Novo Testamento, como sendo escritos autênticos dos apóstolos. Quase nesse mesmo tempo, outro herege - Valêncio - refere-se a uma ampla variedade de temas e mensagens do Novo Testamento. Considerando que estes dois hereges eram inimigos da igreja primitiva, eles não estavam escrevendo exatamente o que os bispos desejavam. Além disso, como na igreja primitiva, eles ainda se referiam aos mesmos livros do Novo Testamento que nós lemos hoje.
Portanto, se o Novo Testamento já estava em amplo uso, antes de Constantino e do Concílio de Nicéia, como poderia o imperador tê-lo inventado ou tê-lo alterado? Naquele tempo, a igreja já estava amplamente espalhada e englobava centenas de milhares (ou até milhões) de crentes, todos eles familiarizados com as narrativas do Novo Testamento.
Em seu livro - The Da Vinci Deception - O Dr. Erwin Lutzer observa:
“Constantino não decidiu quais os livros que deveriam entrar no Cânon; de fato, o tópico do Cânon nem sequer chegou ao Concílio de Nicéia. Naquele tempo, a igreja primitiva estava lendo o Cânon dos livros que ela havia determinado serem a Palavra de D'us, 200 anos antes”. (6). [N.T.: É bom deixar claro, para não gerar dúvidas, que não foi a igreja que determinou quais eram os livros canônicos. Os católicos adoram dizer isso. A igreja primitiva apenas aceitou, recebeu e agrupou os livros, os quais, pela orientação do Espírito Santo, foram se firmando como a Palavra de D'us, um livro complementando o outro. Assim como o evangelho gnóstico de Tomás se excluiu sozinho (conforme leremos na página 11), os livros canônicos se juntaram “sozinhos”].
Embora o Cânon oficial ainda tivesse demorado alguns anos para ser finalizado, o Novo Testamento de hoje já havia sido considerado autêntico, 200 anos antes do Concílio de Nicéia.
Isto nos leva ao segundo ponto: por que os misteriosos evangelhos gnósticos foram destruídos e excluídos do Novo Testamento? No livro, Teabing declara que os escritos gnósticos foram eliminados de 50 bíblias autorizadas, no Concílio, por ordem de Constantino. Ele explica, excitadamente, a Neveu:
“Uma vez que Constantino elevou o status de Jesus, quase quatro séculos após sua morte, já existiam milhares de documentos, registrando a vida de Jesus como sendo um homem mortal. Para reescrever os livros históricos, Constantino sabia que precisava de muita coragem. A partir daí, surgiu o momento mais profundo da história cristã... Constantino comissionou e financiou uma nova Bíblia, a qual omitiu esses evangelhos que narravam detalhes da vida humana de Jesus, tendo colocado os evangelhos que o tornavam semelhante a 'D'us. Os evangelhos antigos foram marginalizados e queimados. (7).
Será que os escritos gnósticos são a verdadeira história de Jesus? Vamos dar uma olhada mais profunda, para ver se é possível apoiar o que diz esta ficção.
Conhecimentos Secretos
Os evangelhos gnósticos são atribuídos a um grupo conhecido como gnósticos. Seu nome provém da palavra grega “gnosis”, cujo significado é “conhecimento”. Essas pessoas imaginavam possuir um conhecimento “secreto especial, oculto às pessoas comuns”.
Dos 52 escritos gnósticos, apenas 5 constam realmente na lista, como sendo evangelhos. Como veremos, esses chamados “evangelhos” são muito diferentes dos evangelhos do Novo Testamento - Mateus, Marcos, Lucas e João.
À medida que o Cristianismo se espalhou, os gnósticos iam misturando algumas doutrinas e elementos do Cristianismo com suas crenças, transformando gnosticismo num falso Cristianismo. Talvez, os gnósticos tivessem feito isso para manter o número do recrutamento, tendo transformado Jesus num infante, em benefício de sua causa. Contudo, para o seu sistema de pensamento se adaptar ao Cristianismo, Jesus precisou ser reinventado e desnudado, tanto de Sua humanidade como de Sua absoluta divindade.
Na Oxford History of Christianity, John McManners escreveu sobre a mistura dos gnósticos e das crenças místicas.
“O gnosticismo foi (e ainda é) uma teosofia com muitos ingredientes. O ocultismo e o misticismo oriental se fundem com a astrologia e magia... Eles coletaram palavras de Jesus e as organizaram de modo a serem adaptadas à sua própria interpretação (Como o Evangelho de Tomás) e ofereceram aos seus aderentes uma forma alternativa ou rival de Cristianismo”. (8).
Críticos Primitivos
Ao contrário das afirmações de Brown, não foi Constantino quem rotulou como heréticas as crenças gnósticas, mas foram os próprios apóstolos. Uma tênue corrente dessa filosofia já estava crescendo no século I, algumas décadas antes da morte de Jesus. Os apóstolos, em seus escritos e ensinos, chegam a condenar maciçamente essas crenças, por serem opostas à verdade de Jesus, de quem eles foram testemunhas oculares.
Observem, por exemplo, o que o apóstolo João escreveu na 1 João 2:22: “Quem é o mentiroso, senão aquele que nega que Jesus é o Cristo? É o anticristo esse mesmo que nega o Pai e o Filho”. Conforme o ensino dos apóstolos, os líderes da igreja primitiva condenaram unanimemente o gnosticismo como sendo uma seita. Irineu, um dos pais da igreja, escrevendo 140 anos antes do Concílio de Nicéia, confirmou que os gnósticos foram condenados pela igreja por serem hereges. Ele também rejeitou os evangelhos (gnósticos). Ao mesmo tempo, referindo-se aos quatro evangelhos do Novo Testamento, ele disse: “Não é possível que os evangelhos possam ser mais ou menos do que eles realmente são”. (9). O teólogo Orígenes escreveu, no século III, o seguinte, mais de cem anos antes do Concílio de Nicéia:
“Conheço um certo evangelho conhecido como ‘Evangelho de São Tomás’, outro chamado ‘Evangelho Segundo Matias’, além de muitos outros que temos lido - e vocês de modo algum são ignorantes, por causa daqueles que imaginam ter algum conhecimento, porque estão familiarizados com estes. Entre todos estes, temos aprovado solenemente apenas os que a igreja reconheceu; portanto, somente os quatro evangelhos devem ser aceitos”. (10). Temos aqui as palavras de um líder eclesiástico altamente considerado. Os gnósticos eram reconhecidos como sectários não cristãos, muito antes do Concílio de Nicéia. Contudo, existem mais evidências sobre a questão do Código Da Vinci.
Quem é Sexista?
Brown sugere que um dos motivos para o suposto banimento por Constantino dos evangelhos gnósticos foi o desejo de suprimir as mulheres da igreja. Ironicamente, é o Evangelho (gnóstico) de Tomás que minimiza as mulheres. O evangelho de Tomás conclui (supostamente, citando Pedro) com uma declaração que salta à vista: “Deixem Maria se afastar de nós, porque as mulheres nem merecem viver” (114). E Jesus teria dito, supostamente, a Pedro: “que ia transformar Maria num homem, para que ela pudesse entrar no Reino do Céu.” Leiam o que consta neste evangelho gnóstico: “as mulheres são inferiores”. Tendo em vista declarações desse tipo, é difícil conceber os evangelhos gnósticos como um grito de batalha em favor das mulheres.
Em chocante contraste, o Jesus dos evangelhos bíblicos sempre tratou as mulheres com dignidade e respeito. Versos revolucionários, como o seguinte, são encontrados dentro do Novo Testamento, os quais são fundamentais para tentar elevar o status das mulheres: “Nisto não há judeu nem grego; não há servo nem livre; não há macho nem fêmea; porque todos vós sois um em Cristo Jesus” (Gálatas 3:28).
Autores de Mistério
Quando chegamos aos evangelhos gnósticos, quase cada um dos livros leva o nome de um personagem do Novo Testamento [N.T.: provavelmente em busca de credibilidade]. O Evangelho de Felipe, o Evangelho de Pedro, o Evangelho de Maria, o Evangelho de Judas e assim por diante, como se fosse um livro de chamada na escola paroquial. São estes os livros nos quais a teoria da conspiração do Código Da Vinci se embasou. Mas, será que eles foram realmente escritos pelos autores que levam os seus nomes?
Esses evangelhos são datados de 110 até 300 anos d.C. e nenhum erudito confiável iria acreditar que qualquer um deles pudesse ter sido escrito pelos homens conforme são nomeados. James M. Robinson, em sua compreensível obra The Nag Hammadi Library, ensina-nos que os evangelhos gnósticos “foram escritos totalmente por autores não relacionados e anônimos.” (12). O Dr. Darrell Bock, professor de estudos do Novo Testamento no Dallas Theological Seminary, escreveu:
“O âmago deste material pertence a algumas gerações afastadas dos fundamentos da fé cristã, um ponto vital a ser lembrado, quando se confirma o seu conteúdo”. (13).
O erudito em Novo Testamento, Norman Geisler, comentou sobre dois escritos gnósticos - o Evangelho de Pedro e Atos de João. (Não confundir estes evangelhos gnósticos com os escritos do Novo Testamento, de João e Pedro):
“Os escritos gnósticos não foram escritos pelos apóstolos, mas por homens do século II (e mais tarde), pretendendo usar a autoridade apostólica para promover os seus próprios ensinos. Hoje, isso seria chamado de falsificação”. (14).
Os evangelhos gnósticos não são narrativas históricas da vida de Jesus, mas ensinos amplamente esotéricos, envoltos em mistério, abandonando detalhes históricos, tais como nomes, lugares e eventos. Eles estão em rompante contraste com os evangelhos do Novo Testamento, os quais contêm inúmeros fatos históricos sobre a vida, o ministério e as palavras de Jesus.
A Senhora Jesus
O ponto mais suculento da conspiração do Código Da Vinci é a declaração de que Jesus e Maria Madalena foram secretamente casados e tiveram um filho, perpetuando a sua linhagem. Isto sem falar que o ventre de Maria Madalena carregando o descendente de Jesus é apresentado no livro como sendo o “Santo Graal”, um lendário vaso secretamente guardado pela organização católica romana chamada Priorado de Sião. Sir Isaac Newton, Botticelli, Vitor Hugo e Leonardo Da Vinci foram citados como membros dessa organização.
Romance, escândalo e intriga. Grande estofo para uma teoria da conspiração. Mas, será que ela é verdadeira? Vamos examinar o que dizem os eruditos.
Um artigo na revista Newsweek, resumindo as opiniões de vários líderes eruditos, concluiu que a teoria de que Jesus e Madalena foram secretamente casados não tem qualquer base histórica. (15). A proposta apresentada no Código Da Vinci foi edificada principalmente sobre um verso do Evangelho (gnóstico) de Felipe, indicando Jesus e Maria madalena como sendo companheiros. No livro, Teabing tenta construir um caso, dizendo que a palavra “companheira” (koinonos) significa esposa. Contudo, a teoria de Teabing não é aceita elos eruditos.
Também, existe um verso no Evangelho (gnóstico) de Felipe dizendo que Jesus beijou Maria. Saudar os amigos com um beijo era comum no século I, sem que houvesse qualquer conotação sexual. [N.T.: Tanto que Judas beijou Jesus, quando O entregou aos soldados romanos]. Porém, mesmo que a interpretação do Código Da Vinci fosse correta, não existe qualquer outro documento histórico para confirmar essa teoria. E visto como o Evangelho de Felipe é um documento falso, tendo sido escrito entre 150-220 d.C., por um autor anônimo, sua declaração sobre Jesus não merece a menor confiança.
Talvez, os gnósticos tivessem achado que o Novo Testamento usou de timidez sobre romances e decidiram temperá-lo um pouco. Mas, qualquer que fosse a razão, este verso isolado e obscuro foi escrito somente no segundo século d.C., não tendo muito valor para nele se embasar uma teoria da conspiração. Até pode ser uma leitura interessante, porém, definitivamente, sem qualquer base histórica.
Quanto ao “Santo Graal” do Priorado de Sião, a narrativa fictícia de Brown mais uma vez distorce a história. O lendário “Santo Graal” foi, supostamente, a taça em que Jesus bebeu, na última ceia, nada tendo a ver com Maria Madalena. Além disso, Leonardo da Vinci jamais poderia ter conhecido o Priorado de Sião, visto como este foi fundado em 1956, portanto, 437 anos após sua morte. Mais uma vez, temos uma ficção interessante, mas uma história furada.
Os Documentos “Secretos”
Mas, o que dizer sobre a descoberta que Teabing fez de “milhares de documentos secretos”, comprovando que o Cristianismo é uma fraude? Será que isso é verdade? Se tais documentos existissem, os eruditos contrários ao Cristianismo teriam tido acesso aos mesmos. Escritos fraudulentos que foram rejeitados pela igreja primitiva por causa de suas visões heréticas nunca foram secretos, tendo sido amplamente conhecidos durante séculos. Nenhuma surpresa aqui. Eles jamais foram considerados parte dos autênticos escritos dos apóstolos. E, se Brown (Teabing) se refere aos apócrifos ou aos evangelhos da infância, temos mais um gato fora do saco. Eles não são secretos, nem refutam o Cristianismo. O erudito em Novo Testamento, Raymond Brown [N.T.: não confundir com o fantasioso Brown, autor do Código Da Vinci] disse o seguinte sobre os evangelhos gnósticos:
“Não aprendemos sequer um novo fato confiável sobre o ministério do Jesus histórico, mas apenas alguns ditos novos, os quais poderiam talvez ser Dele” (18).
Ao contrário dos evangelhos gnósticos, cujos autores são desconhecidos e não foram testemunhas oculares, o Novo Testamento que hoje possuímos passou por numerosos testes de autenticidade. O contraste é devastador para os que incrementaram a “teoria da conspiração”. O historiador do Novo Testamento, F. F. Bruce, escreveu:
“Não existe corpo algum da antiga literatura do mundo que goze de tanta saúde e de bom atestado textual como o Novo Testamento.” (19).
O erudito em Novo Testamento, Bruce Metzger, revelou porque o Evangelho (gnóstico) de Tomás não foi aceito pela igreja primitiva:
“Não é correto afirmar que o Evangelho de Tomás foi excluído por algum ‘fiat’ da parte do Concílio. A verdade a ser dita é que ele se excluiu sozinho. Ele não se harmonizava com outros testemunhos sobre Jesus, os quais foram aceitos como sendo confiáveis, pelos cristãos da igreja primitiva.” (17).
O Veredicto da História
Então, o que se pode concluir a respeito das várias teorias da conspiração sobre Jesus Cristo? Karen King, professora de História Eclesiástica em Harvard, escreveu vários livros sobre os evangelhos gnósticos, inclusive “The Gospel of Mary of Magdala” e “What is Gnosticism?” Mesmo sendo uma forte defensora do ensino gnóstico, King concluiu: “Estas noções sobre a teoria da conspiração... são todas idéias marginais, sem qualquer fundamento histórico.” (20).
Apesar da falta de evidência histórica. Essas teorias da conspiração vão continuar faturando milhões de livros, com recordes de vendas. Eruditos em campos relacionados, alguns cristãos, outros completamente incrédulos, têm desafiado as afirmações do Código Da Vinci. Contudo, a dúvida vai continuar oscilando... Será que ele tem algo que se aproveite?
O ganhador do prêmio da TV, jornalista Frank Sesno, perguntou, num painel de eruditos em História, por que as pessoas têm tanta fascinação pelas teorias da conspiração. O Professor Stanley Kutler, da Universidade de Wisconsin, respondeu: “Todos nós amamos os mistérios, porém amamos mais ainda as conspirações”. (21).
Nesse caso, quem desejar ler uma grande teoria da conspiração sobre Jesus, a novela de Dan Brown - O Código Da Vinci – é exatamente o seu caso. Porém, quem desejar ler as verdadeiras narrativas sobre Jesus Cristo, os evangelhos de Mateus, Marcos, Lucas e João poderão conduzi-lo ao que experimentaram, escutaram e escreveram as verdadeiras testemunhas oculares. Em quem vamos preferir acreditar?
Será que Jesus Ressuscitou dos Mortos?
A pergunta mais comum em nosso tempo é esta: “Quem é o verdadeiro Jesus Cristo? Ele era apenas um homem excepcional ou era D'us na carne, conforme Paulo, João e os outros discípulos Dele acreditavam?”
As testemunhas oculares de Jesus realmente falaram e agiram como se acreditassem que Ele ressuscitou dos mortos, após Sua crucificação. Se estavam erradas, então, o Cristianismo foi edificado sobre uma mentira. E, se estavam certas, esse milagre iria respaldar tudo que Jesus falou a respeito de 'D'us Pai, Dele mesmo e de nós.
Mas, devemos acreditar na ressurreição de Cristo somente pela fé ou existe alguma evidência histórica para a mesma? Vários cépticos começaram a investigar o assunto nos registros históricos, tentando provar que a ressurreição era um mito. Mas, o que eles descobriram?
Jesus falou sobre o que nos acontece após a morte?
Se Jesus realmente ressuscitou dos mortos, então devemos saber o que existe do outro lado. O que Jesus falou sobre o significado da vida e sobre o nosso futuro? Será que existem muitos caminhos para D'us? Ou será que Jesus afirmou que Ele é o único caminho? Podemos ler todas estas respostas no Novo Testamento...
Jesus pode dar um significado à vida?
Sim!!! Porque somente Ele pode responder as grandes questões da vida: Quem sou? Por que estou aqui? Para onde irei? Muitas catedrais e muitos crucifixos têm exibido um Jesus morto, o que tem levado pessoas a acreditarem que Ele nos abandonou, deixando-nos à mercê deste mundo sem controle. Mas, Jesus fez afirmações sobre a vida e sobre o nosso propósito aqui na Terra, as quais precisam ser examinadas à luz da Sua Palavra, pela qual seremos todos julgados. Quem lê a Palavra de D'us, encontra Jesus Cristo vivo e ativo, desde o primeiro Livro (Gênesis) até o último verso do último Livro - o Apocalipse.
Crente, leia a Bíblia, em vez de confiar nas afirmações de segunda mão entregues pelos líderes religiosos. Eles afirmam, por exemplo, que Jesus pregou a obrigação de entregar o Dízimo, no Novo Testamento (Mateus 23:23). Só não explicam que Ele estava falando para os líderes judeus e não para os gentios, os quais Ele iria entregar a Paulo, desligando-os da Lei e dos profetas do Velho Testamento, conforme Lucas 16:16.
Leiam Romanos e Gálatas!
The Jesus Conspiracy - Bright Media Foundation & B&L Publications; Larry Chapman, editor principal.
Fim
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Para saber mais leia o Livro:
Livro - Josafá Valim de Lima - Separando Ficção e Realidade em o codigo da vinci.pdf
http://www.4shared.com/file/45865416/2434187f/evanglico_-_josaf_valim_de_lima_-_separando_fico_e_realidade_em_o_cdigo_da_vinci.html?s=1
http://www.4shared.com/file/10719215/aac8c5c9/Josaf_Valim_de_Lima_-_Separando_Fico_e_Realidade_em_O_Cdigo_Da_Vinci.html?s=1
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