terça-feira, 18 de agosto de 2009

Gripe suína: mortes no País chegam a 368, diz Ministério.


No período entre 25 de abril e 15 de agosto, o Brasil registrou 368 mortes pelo vírus da gripe suína, informou hoje o Ministério da Saúde. Do total de mortes decorrentes do vírus influenza A (H1N1), 185 (50,3%) tinham fator de risco, incluindo gestação. No grupo de risco estão as doenças metabólicas e respiratórias, cardiopatias crônicas, hipertensão arterial e imunodepressão (pessoas com o sistema imunológico debilitado, como pacientes de câncer e Aids), além de gravidez. A taxa de mortalidade dos casos graves confirmados para o novo vírus no Brasil é de 0,19 óbitos por 100 mil habitantes.
De todos os 3.087 casos graves confirmados para influenza A (H1N1), 283 correspondem a pacientes gestantes (9,1%). Nesse grupo, 237 evoluíram para a cura. Do total de 1.151 casos graves de mulheres em idade fértil (15 a 49 anos) confirmados para o novo vírus, 24,6% são gestantes, enquanto que para influenza sazonal, 15,4% são gestantes. Do total de 368 óbitos no País, 46 eram gestantes (12,5%).
Os três laboratórios de referência do Ministério da Saúde - Instituto Adolfo Lutz (SP), Instituto Evandro Chagas (PA) e Fundação Oswaldo Cruz (RJ) - analisaram 8.519 amostras de secreção respiratória positivas para influenza e outros vírus respiratórios. Do total, 5.767 (67,7%) foram confirmadas para o vírus da gripe suína e 1.958 (23%), para influenza sazonal.
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Por Maggie Fox

WASHINGTON (Reuters) - O laboratório Novavax informou nesta terça-feira que um novo tipo de vacina contra a gripe funciona contra o novo vírus H1N1 em animais.
A empresa disse ter desenvolvido a vacina, a partir de partículas semelhantes às dos vírus, em menos de quatro semanas depois de o Centro de Prevenção e Controle de Doenças dos EUA divulgar o sequenciamento genético do H1N1, responsável pela pandemia da chamada "gripe suína".
As partículas empregadas imitam o vírus com base no seu sequenciamento genético.
O Novavax disse que a vacina protegeu furões contra a nova cepa pandêmica. Os furões são os animais mais parecidos com os humanos no que diz respeito à contaminação por gripes.
"Os furões receberam uma dose de 3,75, 7,5 e 15 microgramas da partícula semelhante ao vírus H1N1 de 2009, ou um placebo, e receberam o reforço de uma segunda dose após três semanas", disse a empresa em nota.
No quinto dia após a vacinação, disse o laboratório, "os furões imunizados com todos os níveis de vacinação tinham eliminado o vírus H1N1 e não apresentavam sintomas da doença", disse a empresa.
"Por outro lado, os animais do grupo de controle, que não receberam a vacina, demonstravam letargia, temperaturas corporais elevadas e espalhavam o vírus até seis dias após a infecção", acrescentou a nota da empresa.
O Novavax precisará da aprovação das autoridades dos EUA para testar a vacina em pessoas. É possível que esses testes durem anos, antes que uma nova formulação da vacina seja amplamente aplicada em humanos.
Os testes clínicos da vacina tradicional para o H1N1 são feitos com o antigo método que usa ovos de galinha. Cinco laboratórios -- AstraZeneca's , CSL, GlaxoSmithKline, Novartis e Sanofi-Aventis -- estão desenvolvendo o produto para o mercado norte-americano.
O Novavax, com sede em Maryland, tem usado sua nova tecnologia para desenvolver uma vacina contra o vírus H5N1, da gripe aviária.
A maioria das vacinas contra a gripe usa uma versão atenuada ou morta do vírus para estimular o sistema imunológico. É preciso atualizar a vacina todos os anos, para acompanhar a constante mutação das cepas virais, e esse processo, usando os ovos de galinha, leva de cinco a seis meses.
O Novavax cultiva a vacina em células de lagartas em tubos de ensaio, o que o laboratório diz ser mais rápido. O vírus "falso" é incapaz de infectar células e se replicar, embora seja reconhecido pelo organismo como se fosse o vírus autêntico.
A Organização Mundial da Saúde declarou em junho que há uma pandemia do vírus H1N1, que já afetou 180 países. Sanitaristas recomendam que as pessoas recebam duas doses da vacina contra a nova gripe, além da habitual dose única contra a gripe sazonal.
Em julho, consultores do governo dos EUA disseram que 160 milhões de pessoas, ou metade da população norte-americana, deveriam ser vacinadas contra a nova gripe, com prioridade para grávidas e profissionais da saúde. O governo diz, no entanto, que só conseguirá receber 45 milhões de doses até meados de outubro, e cerca de 20 milhões de doses adicionais por semana depois disso.

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Fonte:Yahoo

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