Antes vamos dar uma introdução e algumas definições para facilitar o entendimento, ok!
MONOTEISTAS TRINITARIOS:
São pessoas que crêem em um ÚNICO D'US constituído de 3 pessoas distinta entre si. Se você observar em João 14:26 e João 15:26, você notará que o próprio Yeshua [Jesus] nos revela que o Pai, o Filho e o Espirito Santo, são de fato 3 pessoas bem definidas e distintas que se interagem entre si e formam um único D'us verdadeiro. Esta doutrina é chamada de Trindade porque ela está explicita e implícita em toda Bíblia sagrada. Não confunda Trinitarismo [3 elementos simples que formam 1 elemento composto] com Triteismo [3 deuses].
MONOTEISTAS ARIANOS OU UNITARIOS:
São pessoas que crêem em um ÚNICO D'US, mas, não crêem na trindade e nem crêem na divindade de Yeshua [Jesus]. Crêem apenas que Yeshua é apenas a primeira criatura de D'us que apenas representa D'us.
Assim como eu posso autorizar [delegar] uma pessoa qualquer para me representar, agir e fazer acontecer legalmente cem por cento (100%) todos os meus desejos em meu nome através de um documento chamado “procuração”. Os monoteistas unitários acreditam também que isto ocorre com D'us [o Pai] e seu filho Yeshua [Jesus], ou seja, o Filho [Yeshua], nada mais é que um D'us por TABELA [por procuração] não que ele seja D'us de fato. Isso é absurdo!
Pois se D'us precisa de um representante para atuar por Ele, então, D'us está auto se declarando competente e auto suficiente até um certo ponto [limitado], ou seja, D'us não seria onipotente ou auto suficiente, pois, precisa de ajuda a ponto de delegar seu filho para fazer acontecer seus desejos. Seria um desastre teológico! Contrariando desta forma: 1ºJo 5:20; Jo 1:1; Jo 5:18; Jo 20:28; Mt 1:23; Tt 2:13; Mc 2:5 a 7; Lc 1:46 e 47; 2ºPe 1:1; Fp 2:6; Is 9:6). Esta doutrina é chamada de doutrina unitarista ou ariana porque vem de ARIO que foi um bispo que se rebelou contra a igreja primitiva.
MONOTEISTAS MODALISTAS OU SABELIANISTAS OU UNICISTAS:
São pessoas que crêem em um ÚNICO D'US, mas, não crêem na trindade como sendo 3 pessoas distintas entre si que definem um único D'us, mas, acreditam que o Pai, o Filho e o Espirito Santo, são apenas mutações [mascaras] de D'us, ou seja, o Pai, o Filho e o Espírito Santo é uma única pessoa e não três pessoas como no trinitarismo.Contrariando assim as escrituras que afirma que D'us não muda (Malaquias 3: 6), e nem há nenhuma sombra de variação (Tiago 1: 17). Contrariando também João 14:26 e João 15:26, onde o próprio Senhor Jesus deixa bem claro que o Pai, o Filho e o Espírito Santo são 3 pessoas distintas que formam o D'us de Israel. Esta doutrina é chamada de [unicismo[ ou Sabelianismo Modal ou Modalismo, pois, vem de Sabelio que foi um outro bispo que se rebelou contra a igreja primitiva introduzindo esta moda herética.
Existem Judeus messiânicos e gentios cristãos, ambos monoteístas porem trinitarios. Da mesma forma existem Judeus messiânicos e gentios cristãos, ambos monoteistas porem unitarios. Da mesma forma existem Judeus messiânicos e gentios cristãos, ambos monoteistas porem unicistas.
Para maiores informações sobre a crença judaica messianica consulte os sites:
Judeus messiânicos MONOTEISTAS UNICISTAS.
Crêem que o Elohim YHWH [D’us] é uma única unidade [porem singular] que ora se manifesta como sendo o Pai, ora se manifesta como sendo a Palavra [Filho] e ora se manifesta como sendo o Espirito Santo, ou seja, um D'us mutavel.
Por exemplo visite este site:
http://www.yeshuachai.gov/forum
Judeus messiânicos MONOTEISTAS UNITARIOS.
Crêem que o Elohim YHWH [D'us] é uma única unidade, porem singular, que criou filhos tendo como primogenito Yeshua [Jesus], que é uma criatura, o qual foi constituido como sendo apenas um “deus representativo ou por procuração dada pelo Pai” [um deus por tabela]. E o Espirito Santo como sendo uma força ativa ou um poder energetico impessoal.
Por exemplo visite este site:
http://www.ensinandodesiao.org.br/home/
É comum pessoas, que adotam a doutrina unicista e/ou unitarista, combaterem e comentarem mal sobre um certo congresso na cidade de Niceia [concilio de Niceia] promovido pela igreja primitiva no ano 325 d.c., mas, não se dão o capricho de passar a lindo esta questão tomando a iniciativa de analisar o conteúdo deste credo niceno tal como eu fiz.
Lendo-o e examinando-o por varias vezes, eu não consegui enxergar onde é que neste credo chamado Niceno consta a crença EXPLICITA ou INPLICITA em 3 deuses distintos como dizem, ao contrario, este credo afirma a crença em um único D'us constituído por 3 elementos [Pai, Palavra (Filho) e Espírito Santo]. Sinceramente, eu não vejo maldade neste credo, a não ser que alguém me faça enxergar, pois, estou com o coração e mente aberta para isto.
Segundo informações, este tratado em Niceia veio para refutar aqueles rebeldes [unitaristas] que negavam a divindade de Jesus, que no caso era o bispo ARIO de Alexandria e seus inúmeros seguidores. Com todo respeito aos irmãos, eis ai o credo niceno:
CREDO NICENO- 325 AD
Creio em UM SÓ D'US O PAI TODO-PODEROSO, criador do Céu e da Terra e de todas as coisas visíveis e invisíveis; e em um só Senhor Jesus Cristo, o unigênito Filho de D'us, gerado de seu Pai antes de todos os mundos.
D'US DE D'US, LUZ DE LUZ, O PRÓPRIO D'US DO PRÓPRIO D'US. gerado, não feito, SENDO DE UMA SÓ SUBSTÂNCIA COM O PAI; por meio de quem todas as coisas foram criadas; que por nós homens e para nossa salvação, desceu do Céu e encarnou-se pelo poder do Espírito Santo na Virgem Maria, e fez-se homem e também por nós foi crucificado sob Pôncio Pilatos.
Sofreu e foi sepultado; e ao terceiro dia ressurgiu, segundo as Escrituras e subiu ao Céu e sentou-se à mão direita do Pai. E virá segunda vez com glória para julgar, tanto os vivos quanto os mortos, cujo reino não terá fim.
E CREIO NO ESPÍRITO SANTO, SENHOR E DOADOR DA VIDA, O QUAL PROCEDE DO PAI E DO FILHO que juntamente com o Pai e o Filho é adorado e glorificado; o qual falou pelos profetas. E creio numa só Igreja Católica e Apostólica; reconheço um só batismo para a remissão dos pecados; e espero pela ressurreição dos mortos e a vida do mundo por vir.
Eu particularmente entendi este credo desta forma:
UM SÓ D'US O PAI TODO-PODEROSO.
Bom, eu acho que eu não preciso dizer mais nada, ok! Ou preciso?
D'US DE D'US.
Ora, se a Palavra de D'us, que é Jesus, vem do seio do próprio D'us [Jo 1:18], então, ela é D'us e não um outro D'us a parte, isto é obvio! Tal como panela de ferro é puro ferro porque é uma forma gerada do próprio ferro, assim também, Palavra de D'us é puro D'us porque é uma geração [não criação] que vem do próprio D'us! Caso ao contrario esta Palavra seria chamado de Palavra DO D'us e não Palavra DE D'us.
Cuidado com os termos: O termo “Palavra DO D'us” é diferente do termo “Palavra DE D'us”. O termo “Espirito DO D'us” é diferente do termo “Espirito DE D'us”. O termo “Filho DO D'us” é diferente do termo “Filho DE D'us”. O termo “Filho DO homem” é diferente do termo “Filho DE homem”.
Quando eu pertencia ao mundo eu era filho DE homem e filho DO D'us, mas, como eu agora sou um com Jesus [Verbo] e Jesus é um com o Pai, então, eu faço parte desta divina unidade corporativa, digno de ser chamado, por adoção, de filho DE D'us, então, eu me tornei filho DO homem!
Observe as diferenças: Eu digo, panela de ferro ou panela do ferro. É claro que eu digo panela de ferro porque a panela foi feita de uma porção [quantidade] de ferro, então, ela é puro ferro, ok!. Eu digo, manteiga do leite ou manteiga de leite. É claro que eu digo manteiga do leite porque a manteiga não é o leite em si, mas, um derivado do leite, não é mesmo?
SENDO DE UMA SÓ SUBSTÂNCIA COM O PAI.
Isto é obvio! Tal como bola de cristal é puro cristal porque vem do próprio cristal. Ou não? Por um acaso existem dois materiais diferentes com a mesma denominação? Claro que não! Tal como a Palavra de D'us [Jesus] é D'us porque provem do interior do próprio D'us (conf. João 1:1 e João 10:30).
LUZ DE LUZ.
Se D'us é a Luz do mundo, então, a Palavra de D'us [Jesus] que está dentro do próprio D'us é também Luz, caso ao contrario Ela seria trevas e não poderia estar dentro de D'us, isso também é obvio!
O PRÓPRIO D'US DO PRÓPRIO D'US.
Se a Palavra de D'us está dentro do próprio D'us e esta Palavra de D'us [Jesus] é exatamente a imagem e expressão perfeita do próprio D'us a ponto de revela-lo a nós, (conf. Hb 1:3, Jo 1:18 e Cl 2:15), então, esta Palavra é o próprio D'us e não um outro D'us a parte. D'us é D'us de si mesmo porque não há outro alem dEle! Isso também é obvio, não é mesmo!
E CREIO NO ESPÍRITO SANTO, SENHOR E DOADOR DA VIDA, O QUAL PROCEDE DO PAI E DO FILHO.
Pelo fato de o Pai e o Filho serem de uma só essência (Jo 10:30), então, o Espirito é tanto do Pai como do Filho (conf. Mt 10:20; Rm 8:9). Como o Espirito vem de dentro do próprio D'us, então, este Espirito é D'us e não um outro D'us a parte (conf. João 4:24), tal como vaso de barro é barro porque vem do próprio barro! Caso ao contrario este Espirito seria chamado de Espirito DO D'us e não de Espirito DE D'us.
Por outro lado, existem pessoas que tentam vender a idéia de que versículos foram adulterados ou acrescentados com o propósito de tornar a trindade explicita ou implícita nas escrituras sagradas, como por exemplo, na formula batismal, “em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”, citada por Jesus no evangelho de Mateus 28:19. Eu particularmente interpreto a formula batismal citada em Mt 28:19, desta forma:
Ora, se Jesus [que é a Palavra] disse que ninguém vem a Ele se o Pai não o atrair (Jo 6:65). Então, a princípio você é atraído, pelo Pai, para ouvir a Palavra [Jesus] que contem o plano de salvação elaborado pelo próprio Pai [que é a origem da Palavra].
Quando você ouve a Palavra de Salvação [que é Jesus] o Espirito que esta contido nEla convence você do que esta sendo pregado, então, aí nasce a fé e o plano de salvação é consumado lá na cruz do calvário através da Palavra no ministério de cordeiro, pois a fé vem pelo ouvir a Palavra, não é mesmo!. Conclusão, o Pai, a Palavra [Filho] e o Espírito Santo interagem até a consumação e manutenção do plano redentor!
Então, no meu entender, Mt 28:19, nos da a consciência de como se processa a consumação e manutenção do plano redentor! Por isso eu não vejo nada de errado em ser batizado em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
Se você negar Mateus 28:19, você será obrigado a negar todos os versículos, que não são poucos, que endossam, explicitamente ou implicitamente, a presença do Pai, do Filho e do Espírito Santo, como por exemplo, nas saudações e bênçãos apostólicas, inclusive as referencias feitas pêlos apóstolos, profetas e Jesus nas entre linhas da Bíblia sagrada. O NT praticamente cairia por terra e a apostasia viria! Ninguém iria crer num só versículo de um suposto NT de origem duvidosa!
Concordo com você, realmente muitos oportunistas viram que poderiam tirar grandes proveitos do cristianismo. Constantino era um deles! Tal como acontece hoje! Existem os “Constantinos por aí” infiltrados nas igrejas e sinagogas para obterem domínio político, econômico, social e religioso.
Ora, se um incrédulo ou um herege oportunista mal intencionado e mercenário recitar ou pregar as escrituras sagradas ele invalida as escrituras sagradas???. Claro que não!!!! O imperador Constantino apenas oficializou, por decreto, a crença na trindade [que é evidenciada nas escrituras] por uma questão de domínio político e econômico e não religioso. Isso invalida a trindade evidenciada de uma forma explicita e implícita em toda a bíblia sagrada? Não, claro que não!!! Você aceitando ou não, o que está escrito está escrito, não podemos anular!!! A não ser que você esteja disposto a montar uma Bíblia a teu gosto!!!
Já no primeiro século, bem antes de todos os apóstolos morrerem, haviam facções [inclusive judaicas] que se infiltravam nas igrejas e sinagogas messiânicas e eram contrarias ao cristianismo. Estas facções promoviam a discórdia, divisões, rivalidades e o surgimento de seitas e heresias nas igrejas, tal como revela as cartas de Yeshua [Jesus] as igrejas descritas em Apocalipse capítulos 2 e 3. Estas facções sobrevivem até hoje com novas roupagens, por isso, uns seguem Ario, uns seguem Sabelio, uns seguem Jezabel, uns seguem Nicolau, uns seguem Roma, uns seguem Balaão. Quem está certo? Eu prefiro ler as escrituras sagradas e orar para que o Espírito de D'us me dirija, me convença e me discipline na Verdade, Jesus é a Verdade, disto eu não abro mão!
Por outro lado, uns crêem que D'us muda de forma e posição, ou seja, D'us é mutável, ora Ele é o Pai, ora é o Filho e ora é o Espírito Santo. A estas pessoas que ensinam isto eu deixo estas perguntas:
No monte das oliveiras, Jesus estava angustiado, apavorado, triste e agonizando apelou ao Pai se fosse possível afastasse o que iria por vir sobre Ele. Então, na sua ótica; Jesus estava falando com Ele mesmo ou Ele estava fora de si?
La na cruz do calvário, Jesus gritou “Meu D'us, meu D'us, porque me abandonaste”. Se Jesus é uma mutação do próprio D'us, então, porque Ele clamou se ele era o próprio D'us, Ele clamou a Ele mesmo?
Há vários versículos na Bíblia que nos mostra que D'us sempre envia o Espirito dEle para realizar seus desejos. Se o Espírito é uma mutação do próprio D'us então como pode D'us enviar ele mesmo?
Jesus sempre afirmou que Ele foi enviado pelo Pai. Então ele enviou ele mesmo?
Quando Jesus disse: “Mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo quanto eu vos tenho dito”. Então eu poderia entender desta forma? “Mas aquele Consolador, que sou eu mesmo, que eu mesmo o enviarei em meu próprio nome, esse, que sou eu, vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo quanto eu mesmo vos tenho dito”. Então porque Ele subiu aos céus, não poderia ficar por aqui mesmo?
SEITAS MODALISTAS E ARIANAS.
Fonte:
www.cacp.org.br/modalistas.htm
O agnosticismo (misticismo) não obteve êxito. Os membros deste movimento ensinavam a salvação através do conhecimento místico, e não pela fé em Jesus. Eles constituíam grupos muito diversificados em suas doutrinas, pois diferiam de lugar para lugar, e em seus períodos.
Essa doutrina era nada mais que um enxerto das filosofias pagãs nas doutrinas cristológicas. Negava o Cristianismo histórico (segundo ela, o Senhor Jesus não teve um corpo, isto é, não veio em carne, e seu corpo seria mera aparência, que chamavam de corpo docético). Seu período áureo foi entre 135-160 d.C., mas o gnosticismo já dava trabalho às igrejas na época dos apóstolos. O evangelista João enfatiza que “o Verbo se fez carne” (Jo 1.14); e “todo o espírito que não confessa que Jesus Cristo veio em carne não é de D'us...” (1 Jo 4.3). É bom lembrar que os escritos joaninos são do final do primeiro século, escritos na cidade de Éfeso, então capital da Ásia menor, de onde surgiu o gnosticismo.
A Igreja saiu ilesa nessa batalha contra o gnosticismo, mas deixou de saldo a preocupação dos cristãos sobre a divindade do Logos [do Verbo de D'us, Jesus] e o monoteísmo. Os pais da Igreja se empenharam muito nessa luta contra as heresias. Se Jesus é D'us absoluto, como fica o monoteísmo judaico-cristão? Por outro lado havia outra questão: Se o Logos [Jesus] é subordinado ao Pai, não se compromete a divindade absoluta de Jesus?
Havia na época os Alogoi e os Ebionitas. Os ALOGOI eram contra a doutrina do Logos [do Verbo]: negavam a divindade de Jesus [o Verbo].
Os EBIONITAS constituíam a seita do segundo século, que negava a deidade absoluta de Cristo.
Formavam uma comunidade de judeus-cristãos. Eles criam em Jesus como o seu Messias, mas negavam sua deidade tal como a doutrina cristológica das “Testemunhas de Jeová”. Os Ebionitas tinham horror aos escritos paulinos, pois Paulo colocava judeus e gentios no mesmo bojo:
“todos pecaram e destituídos estão da glória de D'us” (Rm 3.23), e pelo fato deste apóstolo pregar a divindade de Cristo (Rm 9.5; Cl 2.9; Tt 2.13, etc.).
Viviam o ritual da Lei e os costumes judaicos, e eram hostilizados tanto pelos judeus como pelos cristãos. Eram numerosos no final do primeiro século, mas aos poucos foram desaparecendo do palco, sumindo de vista no cenário da história da Igreja. Hoje estão manifestos com nova roupagem desta forma:
MONARQUIANISMO.
Nessa época surgiram os que Tertulíano chamou de monarquianistas (do grego monarchia - governo exercido por uma única pessoa). Os monarquianistas dinâmicos (do grego dyna-mis “força, poder”, pois diziam que D'us deu força e poder a Jesus, adotando-o como Filho), negavam a divindade absoluta de Jesus, e também a Trindade. Esta heresia era o prenúncio do arianismo, que, no início de terceiro século, negava a eternidade de Jesus, pois considerava Cristo um deus de segunda categoria, igual ao ensino das Testemunhas de Jeová. Essa doutrina dos dinâmicos era defendida por Teodoro de Bizâncio, Artemão e Paulo de Samosata.
Monarquianistas modais ou modalistas ensinavam que as três pessoas da Trindade manifestavam-se de vários modos, daí o nome modalista.
Defendidos por Noeto de Esmirna e Práxeas de Cartago, ensinavam que o Pai nasceu e sofreu, e que Jesus era o Pai. Por essa razão, no Ocidente, eles eram chamados de patripassianistas (do latim Pater “Pai” e passus de patrior “sofrer” - o Pai encarnou-se em Cristo e sofreu com Ele). No Oriente eram chamados sabelianistas, pois o heresiarca Sabélio foi quem mais se destacou na propagação dessa heresia. Segundo essa doutrina, o Pai, o Filho e o Espírito Santo são apenas três aspectos da Divindade, sendo, portanto, uma só Pessoa. Esse ensinamento do bispo Sabélio é hoje chamado de sabelianísmo ou modalismo.
Sabélio usava a palavra “pessoa” para cada Pessoa da Trindade, mas para ele essa “pessoa” tinha o sentido de máscara ou manifestações diferentes de uma mesma Pessoa Divina. Na sua concepção o Pai, o Filho e o Espírito Santo são nomes de três estágios ou fases diferentes. Ele era Pai na criação e na promulgação da Lei; Filho na encarnação, Espírito Santo na regeneração.
Essa doutrina foi combatida por Tertuliano em Contra Prãxeas, quando pela primeira vez este apologista usa o termo Trinitas (“Trindade”) para a Divindade:
“Todos são de um, por unidade de substância, embora ainda esteja oculto o mistério da dispensação que distribui a unidade em uma Trindade, colocando em sua ordem os três: Pai, Filho e Espírito Santo; três contudo,... não em substância, mas em forma, não em poder, mas em aparência, pois eles são de uma só substância e de uma só essência e de um poder só, pois é de um só D'us que esses graus, formas e aspectos são reconhecidos com o nome de Pai, Filho e Espírito Santo.”
MODALISMO MODERNO.
Restauração do modalismo. O sabelianismo ganhou espaço por mais ou menos cem anos em Roma, Ásia Menor, Síria e Egito. Em 263 A.D., Dionísio de Alexandria enfrentou o próprio Sabélio, derrotando o sabelianismo. Depois disso o cristianismo passou a repudiar o sabelianísmo, e o combate a essa heresia continuou até que ela desapareceu completamente da história. Depois de muitos séculos, esse ensinamento retornou das profundezas do Inferno, por John G. Schepp, fundador da seita “Só Jesus”, em 1913. Temos no Instituto Cristão de Pesquisas (ICP) uma lista de mais de quinze seitas modalístas. Não é possível, aqui, um comentário sobre todas elas, mas apresentaremos apenas as principais:
SÓ JESUS.
Fundada por John 8. Schepp em 1913, ensina que o batismo salva, igual à doutrina da Congregação Cristã no Brasil, e deve ser realizado só em nome de Jesus. Seus adeptos não seguem a fórmula batismal de Mateus 28.19: “Em nome do Pai, e do Filho, e do Espirito Santo”. Essa seita provocou muitas divisões nas igrejas evangélicas da época. Ela mesma depois se dividiu em várias facções, entre as quais a Igreja Pentecostal Unida do Brasil, presente em outros países, que também é modalista e batiza só em nome de Jesus. (Não confundir com a Igreja Unida.).
TABERNÁCULO DA FÉ.
Fundado por William Marrion Branham (1906-1965), chamado por seus adeptos de “o profeta do século e mensageiro do Apocalipse”, William Marrion Branham, como os demais fundadores de seitas, arroga para si a mesma autoridade dos profetas e apóstolos da Bíblia e nega a doutrina bíblica da Trindade. Seus adeptos são modalistas, pois seguem o ensino de seu líder, e o batismo nas águas é realizado só em nome de Jesus.
VOZ DA VERDADE.
Igreja que utiliza o mesmo nome do conjunto Voz da Verdade. Suas músicas são cantadas sem restrição alguma na maioria de nossas igrejas. Muitos ainda não se deram conta dessa gravidade. Eles são uma seita e atacam a doutrina bíblica da Trindade, e seu batismo nas águas é realizado em nome de Jesus. Seus hinos que enfatizam a divindade de Jesus constituem a doutrina unicista, e estão “sacrificando o Pai”, como disse Tertuliano, dos modalistas de sua época.
IGREJA LOCAL DE WLTNESS LEE.
Conhecida por seu ônibus “Expo-livro” e por seu jornal Árvore da Vida. É a que mais suscita problema entre os evangélicos, por causa de seu proselitismo sectário e desleal. Eles perturbam nossas igrejas e camuflam-se facilmente em nosso meio. Dizem que não são modalistas porque Sabélio dizia que Pai, Filho e Espírito Santo são três aspectos temporários da Divindade, ao passo que a Igreja Local afirma que são três aspectos eternos da Divindade. O ponto divergente entre eles é que ambos declaram ser a Divindade uma só Pessoa. Como Sabélio, usam com freqüência a palavra “pesssoa” para cada Pessoa da Trindade, mas com outro sentido. Empregam até o nome Trindade, mas não é o mesmo trinitarianismo do Credo Atanasiano.
TESTEMUNHAS DE IERROCHUA.
Clique aqui para saber mais sobre História e doutrina das Testemunhas de Iehoshua.
Fundado em 1987, em Curitiba, PR. Além de modalistas, pregam que o nome do Salvador não é Jesus, mas Yehoshua, forma hebraica do nome “Josué”. Os manuscritos gregos do Novo Testamento destroem completamente essa teoria das Testemunhas de Ierrochua. Há diversos disparates em sua doutrina.
REFUTANDO O SABELIANISMO.
A Bíblia apresenta o D'us verdadeiro como Pessoa, muito longe das idéias do panteísmo, mas não há nas Escrituras uma referência sequer de que D'us seja uma Pessoa única. Falam de um só D'us (Dt 6.4; Mc 12.29; 1 Co 8.6; Ef 4.6).
NO BATISMO DE JESUS.
Jesus é o Filho e não o próprio Pai. Basta uma leitura simples da Palavra de D'us, principalmente dos quatro evangelhos, para descobrir o absurdo dessa doutrina sabelianista. No batismo de Jesus manifestam-se as três pessoas distintas da Trindade - o Pai falando do Céu, o Filho saindo das águas do rio Jordão, e o Espírito Santo repousando sobre Ele (Mt 3.16,17). Como os três podem ser uma só Pessoa? Nos evangelhos encontramos com freqüência Jesus referir-se a seu Pai como outra Pessoa. Muitas vezes Ele se dirigiu ao Pai em oração (Jo 17). Afirmar que Pai e Filho são uma mesma Pessoa é um disparate.
JESUS DISSE QUE O PAI ERA OUTRA PESSOA.
Jesus disse que era uma Pessoa, e o Pai outra (Jo 8.17,18). Cristo declarou: “E na vossa lei também está escrito que o testemunho de dois homens é verdadeiro. Eu sou o que testifico de mim mesmo, e de mim testifica também o Pai, que me enviou” (Jo 8.17, 18). Jesus falava de duas pessoas, e não de uma. Ele afirmou que veio do Pai e voltava para Ele (Jo 8.42; 16.5; 17.3, 8). Mais de 80 vezes Cristo afirmou que não era o Pai.
BATISMO EM NOME DO JESUS.
Os adeptos das seitas unicistas defendem o batismo somente em nome de Jesus. Essa prática é um desvio da Palavra de D'us. A Bíblia não nos autoriza esse procedimento. A fórmula determinada por Jesus foi “em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo” (Mt 28.19). O Didache, palavra grega que significa “ensino”, pronuncia-se “didaquê”, também chamado “Ensino dos Doze Apóstolos”, documento encontrado em Constantinopla em 1785 e datado de 150 A.D., que, juntamente com todos os pais da Igreja, fala do batismo em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Reconhecemos que a Bíblia é a palavra final. A patrística pode, às vezes, servir como jurisprudência. Longe de fundamentar nossa doutrina em outra fonte que não seja a Palavra de D'us. Essas citações servem para mostrar que a Bíblia é confirmada pela história da Igreja.
Esses unicistas apelam para quatro passagens no livro de Atos, as quais fazem menção do batismo em nome de Jesus (At 2.38; 8.16; 10.48, 19.5). A inconsistência dessa doutrina unicista é que essas passagens bíblicas não nos concedem a fórmula batismal. A prova disso é que em Atos 2.38 se diz: “em nome de Jesus Cristo”; 8.16: “em nome do Senhor Jesus”; 10.48: “em nome de Jesus Cristo”; 19.5: “em nome do Senhor Jesus”. As versões que seguiram o texto grego de Erasmo (Textus Receptus) trazem Atos 10.48: “em nome do Senhor”, como a Almeida Corrigida. Dessas quatro passagens três são diferentes, ou duas, dependendo da versão. Se elas revelassem a fórmula batismal, seriam iguais, pois o método é padronizado. Isso mostra que não se trata de uma fórmula batismal. Revela que essas pessoas eram batizadas na autoridade do nome de Jesus.
A Bíblia diz que negar o Pai e o Filho traz a condenação (1 Jo 2.22, 23). Os sabelianistas mutilam a personalidade do Pai e do Filho, com a doutrina das “manifestações”, que é uma maneira camuflada de negar Jesus como o Filho de D'us (1 Jo 5. 5, 9). O “Jesus” dos sabelianistas não é o Jesus da Bíblia (1 Co 11.4).
EXPLICANDO OS TEXTOS USADOS PELOS SABELIANISTAS.
Todas as seitas pinçam a Bíblia aqui e ali em busca de subsídios para consubstanciar suas heresias e assim poderem dar às suas doutrinas uma roupagem bíblica. A expressão “Pai da eternidade” (Is 9.6) não afirma que o Filho seja o D'us-Pai, mas que Ele tem em si mesmo a eternidade, pois é o Senhor da mesma. Assim Ele pode dar a vida eterna aos que nele crêem. Costumam citar João 10.30: “Eu e o Pai vida eterna aos que nele crêem. somos um; no grego é (Ego kai ho pater hen esmen). O texto prova que Jesus é D'us absoluto igual ao Pai, e não a mesma Pessoa do Pai. “Um” no grego, nesse versículo, está no neutro, hen, e não no masculino, heis, e mostra assim duas pessoas numa só Deidade. Além disso, o verbo está no plural “somos” e não no singular “sou”, não pode, portanto, Pai e Filho serem a mesma Pessoa. O Espírito Santo é assunto registrado em outras passagens, principalmente nos capítulos 14,15 e 16 de João.
Yeshua há Mashiach
Azzi
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