Filhos de D-us e Filhas dos homens
I Coríntios 11:10
10 Portanto, a mulher deve ter sobre a cabeça sinal de poderio [véu], por causa dos anjos.
Paulo conhecia bem o Tanach (V.T.) e sabia de que um dia em Gênesis 6:2,4, os anjos se enamoraram das filhas dos homens, então foi por este motivo que Paulo recomendava usar o véu para não atrair a atenção dos anjos pela Beleza da mulher?
Artigo disponibilizado a partir das misteriosas meditações do site www.bluebrother.com, as quais estou bastante certo, de que ele achou no livro do autor cristão I.D.E. Thomas, The Omega Conspiracy, disponível no site www.amazon.com.
"O desejo dos demônios por um corpo, evidente nos Evangelhos, oferece pelo menos algum paralelo à esta fome por experiência sexual." -Derek Kidner
"Em 1947 um menino árabe que cuidava de suas ovelhas, acidentalmente descobriu uma caverna antiga perto do Mar Morto, no que se revelou uma coleção inestimável de rolos de pergaminhos antigos que logo foram conhecidos como os Pergaminhos do Mar Morto ou os Textos de Qumran. Entre estes escritos encontrava-se um, conhecido como Gênesis Apócrifo. No princípio pensava-se que era o Livro perdido de Lameque. Entretanto tratava-se do rolo de pergaminho contendo um discurso de Lameque e uma história sobre alguns dos patriarcas, de Enoque à Abraão. Enfim, não era esse o livro.
De acordo com a Bíblia, Lameque era o filho de Matusalém e o pai de Noé. Ele foi o 9° dos dez patriarcas do mundo antedilúviano.
Porém, é significativo que o Gênesis Apócrifo mencione os Nefilins e, faça referência aos "filhos de D-us" e às "filhas dos homens" introduzidos em Gênesis 6. O Apócrifo também elabora consideravelmente, a partir das declarações sucintas achadas na Bíblia e, fornece valiosas descobertas sobre a forma como estas histórias antigas foram interpretadas pelos antigos judeus.
A cópia do Gênesis Apócrifo descoberto em Qumran remonta ao 2º século a.C., mas esse manuscrito estava obviamente baseado em fontes muito mais antigas. Quando foi descoberto em 1947, tinha sido bastante mutilado pelas devastações causadas pela ação do tempo e da umidade. As folhas haviam ficado tão grudadas que anos se passaram antes que o texto fosse decifrado e divulgado. Quando os estudiosos finalmente tornaram público seu conteúdo, o documento confirmava que seres celestiais dos céus haviam pousado no planeta Terra. Mais do que isso, contava como estes seres haviam se acasalado com as mulheres da Terra e estas gerado gigantes.
Esta narrativa é mito ou história? fábula ou fato? Uma pesquisa específica revela que muitas lendas antigas têm uma base na realidade. Mas para responder a pergunta, vamos consultar o documento de maior autoridade conhecido pelo homem - a Bíblia.
Em Gênesis 6:1-4 os "filhos de D-us" são atraídos pela beleza das "filhas dos homens." Posteriormente eles se unem à essas mulheres e produzem uma descendência de gigantes conhecida como Nefilim. O livro de Gênesis prossegue afirmando que estes Nefilins foram os " poderosos homens " e os "homens de fama."
"Filhos de D-us? Filhas dos homens?" Que tipo de seres eram estes? Eles eram humanos ou pertenciam à uma espécie alienígena do espaço exterior?
IDENTIFICANDO OS FILHOS DE D-US
Jó 1:6
6 E num dia em que os filhos de Deus vieram apresentar-se perante o SENHOR, veio também Satanás entre eles.
Jó 38:1,7
·DEUS RESPONDE A JÓ
1 DEPOIS disto o SENHOR respondeu a Jó de um redemoinho, dizendo:
2 Quem é este que escurece o conselho com palavras sem conhecimento?
3 Agora cinge os teus lombos, como homem; e perguntar-te-ei, e tu me ensinarás.4 Onde estavas tu, quando eu fundava a terra? Faze-mo saber, se tens inteligência.5 Quem lhe pôs as medidas, se é que o sabes? Ou quem estendeu sobre ela o cordel?6 Sobre que estão fundadas as suas bases, ou quem assentou a sua pedra de esquina,7 Quando as estrelas da alva juntas alegremente cantavam, e todos os filhos de Deus jubilavam?
Gênesis 6:2,4
2 Viram os filhos de Deus que as filhas dos homens eram formosas; e tomaram para si mulheres de todas as que escolheram....4 Havia naqueles dias gigantes na terra; e também depois, quando os filhos de Deus entraram às filhas dos homens e delas geraram filhos; estes eram os valentes que houve na antiguidade, os homens de fama.
Capítulo 7 do Livro de Enoque.
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Jó 1:6
6 E num dia em que os filhos de Deus vieram apresentar-se perante o SENHOR, veio também Satanás entre eles.
Jó 38:1,7
·DEUS RESPONDE A JÓ
1 DEPOIS disto o SENHOR respondeu a Jó de um redemoinho, dizendo:
2 Quem é este que escurece o conselho com palavras sem conhecimento?
3 Agora cinge os teus lombos, como homem; e perguntar-te-ei, e tu me ensinarás.4 Onde estavas tu, quando eu fundava a terra? Faze-mo saber, se tens inteligência.5 Quem lhe pôs as medidas, se é que o sabes? Ou quem estendeu sobre ela o cordel?6 Sobre que estão fundadas as suas bases, ou quem assentou a sua pedra de esquina,7 Quando as estrelas da alva juntas alegremente cantavam, e todos os filhos de Deus jubilavam?
Gênesis 6:2,4
2 Viram os filhos de Deus que as filhas dos homens eram formosas; e tomaram para si mulheres de todas as que escolheram....4 Havia naqueles dias gigantes na terra; e também depois, quando os filhos de Deus entraram às filhas dos homens e delas geraram filhos; estes eram os valentes que houve na antiguidade, os homens de fama.
Capítulo 7 do Livro de Enoque.
Capítulo 7
1E aconteceu depois que os filhos dos homens se multiplicaram naqueles dias, nasceram-lhe filhas, elegantes e belas.
2E quando os anjos, (3) os filhos dos céus, viram-nas, enamoraram-se delas, dizendo uns para os outros: Vinde, selecionemos para nós mesmos esposas da progênie dos homens, e geremos filhos.
(3) No texto aramaico lê-se "Sentinelas" (J.T. Milik, Aramaic
Fragments of Qumran Cave 4 [Oxford: Clarendon Press, 1976], p. 167).
3Então seu líder Samyaza disse-lhes: Eu temo que talvez possais indispor-vos na realização deste empreendimento;
4E que só eu sofrerei por tão grave crime.
5Mas eles responderam-lhe e disseram: Nós todos juramos;
6 (e amarraram-se por mútuos juramentos), que nós não mudaremos nossa intenção mas executamos nosso empreendimento projetado.
7Então eles juraram todos juntos, e todos se amarraram (ou uniram) por mútuo juramento. Todo seu número era duzentos, os quais descendiam de Ardis, (4) o qual é o topo do monte Armon.
(4) de Ardis. Ou, "nos dias de Jared" (R.H. Charles, ed. and trans., The
Book of Enoch [Oxford: Clarendon Press, 1893], p. 63).
8Aquele monte portanto foi chamado Armon, porque eles tinham juardo sobre ele, (5) e amarraram-se por mútuo juramento.
(5) Mt. Armon, ou Monte Hermon deriva seu nome do hebreu herem, uma maldição (Charles, p. 63).
9Estes são os nomes de seus chefes: Samyaza, que era o seu líder, Urakabarameel, Akibeel, Tamiel, Ramuel, Danel, Azkeel, Saraknyal, Asael, Armers, Batraal, Anane, Zavebe, Samsaveel, Ertael, Turel, Yomyael, Arazyal. Estes eram os prefeitos dos duzentos anjos, e os restantes estavam todos com eles. (6)
(6) O texto aramaico preserva uma lista anterior dos nomes destes Guardiães ou Sentinelas: Semihazah; Artqoph; Ramtel; Kokabel; Ramel; Danieal; Zeqiel; Baraqel; Asael; Hermoni; Matarel; Ananel; Stawel; Samsiel; Sahriel; Tummiel; Turiel; Yomiel; Yhaddiel (Milik, p. 151).
10Então eles tomaram esposas, cada um escolhendo por si mesmo; as quais eles começaram a abordar, e com as quais eles cohabitaram, ensinando-lhes sortilégios, encantamentos,e a divisão de raízes e árvores.
11E as mulheres conceberam e geraram gigantes, (7).
(7) O texto grego varia consideravelmente do etíope aqui. Um manuscrito grego acrescenta a esta secção, "E elas [as mulheres] geraram a eles [as Sentinelas] três raças: os grandes gigantes. Os gigantes trouxeram [alguns dizem “mataram"] os Naphelim, e os Naphelim trouxeram [ou "mataram"] os Elioud. E eles sobreviveram, crescendo em poder de acordo com a sua grandeza." Veja o registro no Livro dos Jubileus.
12Cuja estarura era de trezentos cúbitos. Estes devoravam tudo o que o labor dos homens produzia e tornou-se impossível alimentá-los;
13Então eles voltaram-se contra os homens, a fim de devorá-los;
14E começaram a ferir pássaros, animais, répteis e peixes, para comer sua carne, um depois do outro, (8) e para beber seu sangue.
(8) Sua carne, um depois do outro. Ou, "de uma outra carne". R.H. Charles nota que esta frase pode referir-se à destruição de uma classe de gigantes por outra. (Charles, p. 65).
15Então a terra reprovou os injustos.
Não há nenhum problema em identificar as "filhas dos homens" pois este é um método familiar de designar as mulheres na Bíblia. O problema está com os "filhos de D-us." Foram oferecidas três principais interpretações para esclarecer esta enigmática designação.
Primeiro, um grupo dentro do Judaísmo ortodoxo teorizou que "filhos de D-us" significava "nobres" ou "magnatas." Quase ninguém hoje aceita esta visão.
Em segundo lugar, alguns interpretam os "filhos de D-us" como anjos caídos. Estes foram tentados pelas mulheres da Terra e começaram a cobiçá-las. Muitos comentaristas Bíblicos respeitáveis têm rejeitado esta teoria de base psico-fisiológica. Como alguém pode acreditar, eles perguntam, que anjos do Céu pudessem se envolver em relações sexuais com mulheres da Terra? Filástrio rotulou tal interpretação como uma heresia baixa.
Em terceiro lugar, muitos estudiosos famosos sustentam que os "filhos de D-us" são os descendentes masculinos de Sete, e que as "filhas dos homens" são as descendentes femininas de Caim. De acordo com esta visão, o que aconteceu na verdade em Gênesis 6 foi um dos primeiros exemplos do casamento de crentes com incrédulos. Os bons filhos de Sete casaram-se com as más filhas de Caim e o resultado destes matrimônios mistos foi uma descendência mestiça. Estes, posteriormente tornaran-se conhecidos por sua decadência e corrupção; realmente, a situação alcançou um grau tal que D-us foi forçado a intervir e destruir a raça humana. Este comentário de Matthew Henry poderia ser tomado como representante daqueles que sustentam esta visão:
"Os filhos de Sete (isto é, os mestres da religião) se casaram com as filhas dos homens, ou seja, aquelas que eram profanas e estranhas à D-us e à piedade. A posteridade de Sete não preservou a sí mesma, como deveriam ter feito. Eles se misturaram com a raça excomungada de Caim." (1)
No entanto, apesar da excelente estirpe dos proponentes desta teoria, seus argumentos não são convincentes. Sua interpretação é pura questão de exegese - eles são culpados de lerem o que óbviamente não está no texto.
FALSA EXEGESE
Sua interpretação falha em outras áreas também. Em nenhum momento, antes ou depois do Dilúvio, D-us destruiu ou ameaçou destruir a raça humana por causa do pecado de "matrimônios mistos." É impossível conciliar esta punição extrema com as meras críticas severas verbais, encontradas em outras partes na Bíblia para a mesma prática. Se D-us tivesse de ser coerente, Ele deveria então ter destruído a raça humana várias vezes!
O contraste feito em Gênesis 6:2 não está entre os descendentes de Sete e os descendentes de Caim, mas entre os "filhos de D-us" e as "filhas dos homens." Se por "filhos de D-us" subentendesse "filhos de Sete", então somente os filhos de Sete estavam envolvidos em matrimônios mistos, e não as filhas. E só as filhas de Caim estavam envolvidas, e não os filhos. E outra suposição estranha é incluída: que apenas os filhos de Sete eram piedosos, e só as filhas de Caim eram más.
A estranheza é agravada quando se busca indícios de que os filhos de Sete eram piedosos. Sabemos a partir da leitura de Gênesis que quando chegou o tempo para D-us destruir a raça humana, Ele achou somente uma família piedosa restante entre eles - a família de Noé. Onde estavam todos os outros, supostamente, piedosos filhos de Sete? Até mesmo o próprio filho de Sete dificilmente poderia ser chamado de justo. O nome dele era Enos, que significa "mortal" ou "frágil." E ele certamente viveu até o tempo do Dilúvio! Lemos em Gênesis 4:26 "E a Sete também nasceu um filho; e chamou o seu nome Enos; então se começou a invocar o nome do Senhor." Esta afirmação parece bastante inofensiva, mas o que significa quando o texto diz que só agora os homens começaram a invocar o nome do Senhor? A quem invocou Adão? E Abel? E o próprio Sete?
Alguns eruditos nos dão uma tradução mais literal e exata para este verso: "Então os homens começaram a chamar a sí próprios pelo nome de YHVH." Outros estudiosos traduzem a declaração desta maneira: "Então os homens começaram a chamar seus deuses (ídolos) pelo nome de YHVH." Se nenhuma destas é a tradução correta então a evidência para a denominada linhagem piedosa de Sete é inexistente. A verdade é que Enos e sua linhagem, com poucas exceções conhecidas, eram tão impiedosos quanto as outras linhagens. O registro divino não poderia ser mais claro: "toda a carne havia corrompido o seu caminho sobre a terra." (Gênesis 6:12b)
No Antigo Testamento, a designação "filhos de D-us" (Bene Elohim) nunca é usada para se referir à humanos, mas sempre para designar seres sobrenaturais que são mais elevados que o homem porém inferiores à D-us. Para se encaixar nesta categoria, apenas uma espécie é conhecida - anjos. E o termo "filhos de D-us" aplica-se tanto para anjos bons como aos anjos maus. Estes são os seres de quem Agostinho escreveu:
"Como os deuses eles possuem imortalidade corpórea, e paixões como seres humanos." (2)
A atribuição "filhos de D-us" é usada outras quatro vezes no Antigo Testamento, cada vez se referindo aos anjos. Um exemplo é Daniel 3:25, onde o rei Nabucodonozor olha para a fornalha ardente e vê quatro homens, "e o aspecto do quarto é semelhante ao Filho de D-us." A tradução é diferente e mais clara em nossas versões modernas, "como um filho dos deuses." Uma vez que Jesus ainda não havia se tornado o "unigênito filho" de D-us, este "filho" teria que ser angelical.
Outro exemplo é Jó 38:7 que diz que os filhos de D-us jubilavam de alegria quando D-us lançou as fundações da Terra. Anjos são as únicas entidades que se enquadram nesta designação, considerando-se que o homem não havia sido criado naquele momento!
Em Jó 1:6 e 2:1 os "filhos de D-us" vieram se apresentar perante o Senhor no Céu. Entre os filhos de D-us está Satanás - uma conclusão adicional de que os "filhos de D-us" devem ter sido anjos. Considerando-se que a designação "filhos de D-us" é sistematicamente utilizada no Antigo Testamento para anjos, é lógico concluir que o termo em Gênesis 6:2 também refere-se à anjos.
FILHOS DE D-US: TRÊS CATEGORIAS
No Novo Testamento, os crentes nascidos de novo em Cristo são chamados de filhos de D-us (Lucas 3:38, João 1:12, Romanos 8:14, 1 João 3:1). O Dr. Bullinger declara na Companion Bible (Bíblia de companhia): "É somente pelo ato específico divino da criação que qualquer ser criado pode ser chamado de ‘filho de D-us’. Isto explica por que todo crente nascido de novo é um filho de D-us. Também explica por que Adão era um filho de D-us. Adão foi especificamente criado por D-us, "à semelhança de D-us o fez." (Gênesis 5:1). Os descendentes de Adão, no entanto, eram diferentes; eles não foram feitos à semelhança de D-us, mas à semelhança de Adão. Adão "gerou um filho à sua semelhança, conforme a sua imagem" (Gênesis 5:3). Adão era um 'filho de D-us', mas os seus descendentes eram 'filhos dos homens."
Lewis Sperry Chafer expressa isto de um modo interessante quando afirma:
"Na terminologia do Antigo Testamento anjos são chamados de filhos de D-us enquanto que os homens são chamados de servos de D-us. No Novo Testamento isto é invertido. Anjos são servos e os cristãos são os filhos de D-us." (3)
Sendo assim, fica claro que o termo "filhos de D-us" na Bíblia é limitado a três categorias de seres: anjos, Adão e crentes nascidos de novo. Todos os três são criações especiais e específicas de D-us. Quanto à utilização do termo em Gênesis 6, uma vez que não há possíbilidade de se referir à Adão nem aos crentes em Cristo, concluímos que o texto tem de se referir aos anjos criados por D-us.
LUZ DO NOVO TESTAMENTO
Duas passagens do Novo Testamento lançam mais luz sobre Gênesis 6. Elas são Judas 6-7 e 2 Pedro 2:4. Estes versos indicam que em algum ponto no tempo uma série de anjos desceram de seu estado original e prosseguiram à cometer um pecado sexual que era tanto incomum quanto repugnante. Judas 6-7 declara:
"E aos anjos que não guardaram o seu principado, mas deixaram a sua própria habitação, reservou na escuridão e em prisões eternas até ao juízo daquele grande dia; Assim como Sodoma e Gomorra, e as cidades circunvizinhas, que, havendo-se entregue à fornicação como aqueles [filhos de D-us em Gên. 6:2], e ido após outra carne..."
Estes anjos não só não conseguiram manter seu domínio original e autoridade, mas eles "abandonaram sua própria habitação." Habitação é uma palavra importante: significa "local de morada" ou "céu." E o acréscimo da palavra grega "idion" ("suas próprias") significa que eles deixaram suas próprias possessões privativas, pessoais e exclusivas. (4) O céu era a residência pessoal e privada dos anjos. Não foi feito para o homem, mas para os anjos. Esta é a razão pela qual o destino final dos santos não será o Céu mas a nova e perfeita Terra que D-us irá criar (Apocalipse 21:1-3). O Céu está reservado para os anjos, mas quanto aos seres referidos em Judas 6-7, estes abandonaram sua habitação.
Não somente estes anjos deixaram o Céu, eles o abandonaram de uma vez por todas. O verbo grego "apoleipo" está no tempo aorista (N.T.: algo semelhante ao pretérito perfeito na língua portuguesa), indicando assim uma única ação decisiva. Ao agir dessa forma, estes anjos tomaram uma decisão definitiva e irreversível. Eles entregaram o segredo. A ação deles, diz Kenneth Wuest, "foi apostasia com ímpeto." (5)
Quanto ao pecado específico destes anjos, nos são dadas as circunstâncias em Judas 7. Como no caso de Sodoma e Gomorra era o pecado da "fornicação" que significa "ir após outra carne (estranha)." "outra (estranha)" significa um tipo diferente de carne ("heteros" no grego). Para cometer este pecado particularmente repugnante, os anjos tiveram que abandonar sua própria esfera de ação e invadir um domínio que foi divinamente proibido à eles. Wuest diz:
"Estes anjos transgrediram os limites de sua própria natureza ao invadir um domínio de criaturas de uma natureza diferente." (6)
Alford confirma:
"Foi um abandono do curso designado da natureza e uma busca após o que não é natural, indo após outra carne, diferente daquela que D-us designou para o cumprimento do desejo natural."
A mistura destas duas categorias de seres, foi contrária ao que D-us havia pretendido e sumariamente conduziu ao maior ato de julgamento de D-us, nunca antes decretado sobre a raça humana.
TENTANDO OS ANJOS
Outro versículo do Novo Testamento pode ter ligação com Gênesis 6. Em I Coríntios 11:10, Paulo instrui que uma mulher deve cobrir sua cabeça como um sinal de submissão ao marido, e também "por causa dos anjos." Esta observação têm intrigado os comentaristas através dos anos. Por que esta súbita referência aos anjos? Poderia ser uma alusão ao que aconteceu em Gênesis 6 onde anjos sucumbiram às tentações e charme físico das mulheres da Terra? Óbviamente, Paulo acreditava que uma mulher descoberta era uma tentação até mesmo para os anjos. William Barclay menciona uma velha tradição rabínica que alega que foi a beleza dos cabelos longos das mulheres que atraiu e tentou os anjos em Gênesis. (6)
PARENTESCO ESTRANHO
A descendência desta união entre os "filhos de D-us" e as "filhas dos homens" foi tão extraordinária que isso indica uma origem incomum. De maneira alguma poderiam os progenitores de tais criaturas serem humanos normais. Suas mães possivelmente poderiam ser humanas ou seus pais, mas certamente não ambos. Ou o pai ou a mãe tinham de ser super humanos. Somente assim é possível descrever a natureza e coragem extraordinárias dessas criaturas.
A lei estabelecida por D-us para reprodução, de acordo com a narrativa bíblica da criação, é "tudo conforme a sua espécie." A lei de D-us torna impossível que gigantes sejam produzidos através de união normal. Para produzir tais monstruosidades como os Nefilims, pressupõe-se parentesco sobrenatural.
GIGANTES?
"Nefilim" é uma palavra hebraica traduzida na versão Autorizada do Rei Thiago (King James Version) como "gigantes." "Havia naqueles dias gigantes na terra" (Gênesis 6:4). É bem verdade que eles eram gigantes em mais de um sentido. Porém, a palavra Nefilin não quer dizer "gigantes". Ela vem da raiz "naphal", que significa "os caídos" e a maioria das versões modernas da Bíblia não traduziram a palavra "Nefilim".
Quando a Septuaginta grega foi produzida, "Nefilim" foi traduzido como "gegenes." Esta palavra sugere "gigantes" mas na verdade faz pouca alusão ao tamanho ou força. "Gegenes" quer dizer "nascido da terra." O mesmo termo foi usado para descrever os míticos "Titãs" - sendo estes em parte de origem celestial e em parte de origem terrestre. (7)
As palavras hebraicas e gregas não excluem a presença de grande força física. Na verdade, uma combinação de parentêsco sobrenatural e natural insinuaria tal característica. Anjos, de acordo com a Escritura, são conhecidos por sua força. Eles são freqüentemente chamados de "filhos do Todo Poderoso" (Salmo 103:20). Portanto, se aquele que gerou os anjos é forte e poderoso, pode se supor que os descendentes destes seres eram igualmente fortes e poderosos.
Não existe nenhuma evidência nas Escrituras de que os descendentes de matrimônios mistos (entre crentes e incrédulos) tenham sido gigantes, excedendo em grande força e poder. Nenhuma evidência pode ser encontrada em qualquer lugar na história para essa questão. Tal interpretação propõe suposições impossíveis.
Quando a palavra "Nefilim" é usada em Números 13:33, a questão do tamanho e força está explícita. Aqui não há nenhuma dúvida quanto a coragem sobre-humana deles. Quando os espiões de Josué voltaram de Canaã com informações, eles chamaram alguns dos habitantes de Canaã de "gigantes." "Também vimos ali gigantes, filhos de Enaque, descendentes dos gigantes; e éramos aos nossos olhos como gafanhotos, e assim também éramos aos seus olhos."
Alguns comentaristas têm especulado que os Nefilins de Números 13 pertenciam à uma segunda explosão de anjos caídos, uma vez que os antigos Nefilins haviam sido destruídos no Dilúvio. E eles vêem uma referência á isso em Gênesis 6:4, onde declara que "Havia naqueles dias Nefilins na terra; e também depois, quando os filhos de D-us entraram às filhas dos homens." Será que esse "e também depois" seria uma referência aos Nefilins encontrados em Canaã durante a entrada dos Israelitas na terra prometida? Nesse caso, isso poderia explicar por que D-us determinou o total extermínio dos Cananitas, assim como quando na antiguidade Ele havia ordenado a quase total aniquilação da raça humana.
NEFILIM - NENHUMA RESSURREIÇÃO
O Livro de Isaías diz que os Nefilins e seus descendentes não participarão de uma ressurreição, pois esta é a porção dos mortais comuns. Em Isaías 26:14 lemos: "Morrendo eles, não tornarão a viver; falecendo, não ressuscitarão." A palavra no original hebraico traduzida aqui por "falecido", é a palavra "Refaim". Muitas más interpretações seriam evitadas caso os tradutores tivessem deixado a palavra como estava no original. A leitura correta do verso é: "Mortos, não tornarão a viver; Refaim, não tornarão a ressucitar." Geralmente entende-se os Refains como sendo um dos ramos dos Nefilins e a Palavra de D-us deixa claro que eles não participarão em nenhuma ressurreição. Mas com os humanos é diferente: todos os humanos serão ressuscitados ou para a vida ou para condenação. (John 5:28-29)
Já vimos que a Versão grega do Antigo Testamento (a Septuaginta) traduziu "Nefilim" como "gegenes"; Agora vamos investigar como se traduz "filhos de D-us." Em alguns dos manuscritos antigos é deixado como "filhos de D-us", mas em outros - incluindo o texto Alexandrino - é representado pela palavra "angelos". Este texto já existia no tempo de Cristo, mas não há nenhuma indicação de que o Senhor tenha corrigido ou questionado ele. Não podemos assumir, a partir do silêncio de Jesus, que Ele estivesse de acordo com essa tradução!
VIOLAÇÃO DO TEXTO
Após ter estudado todos os argumentos a favor de "filhos de Sete", a pessoa conclui que o único argumento válido entre eles é o da racionalidade. "Filhos de Sete" é uma interpretação mais apropriada à razão humana. A razão nunca pode aceitar a noção incrível de que anjos caídos poderiam ter relações sexuais com mulheres da Terra. Anjos não têm corpos físicos! Eles não se casam! Eles pertencem a uma espécie completamente diferente de seres! A mente humana se revolta contra tal absurdo. Portanto, o que fazer? Determina-se, claro, uma interpretação fácil, racional - filhos de Sete e filhas de Caim. Mas, e se o significado da Escritura for nitidamente o contrário? Existe o embaraço! A própria Bíblia é claramente contrária a qualquer interpretação racional! Impor uma interpretação humana em detrimento do significado óbvio da Palavra divina, é uma violação do texto bíblico. Além disso, quando se lida com o mundo do sobrenatural, racionalidade nunca será um argumento.
PATRIARCAS JUDEUS E OS PAIS DA IGREJA
Os Patriarcas judeus, ao interpretarem esta expressão de Gênesis 6:2, invariavelmente a interpretavam como "anjos." Ninguém menos que a autoridade no assunto W.F. Allbright nos diz que:
"Os Israelitas ao ouvir esta seção (Gênesis 6:2) a recitavam, inquestionavelmente, pensando no relacionamento sexual entre anjos e mulheres." (8)
Filo de Alexandria, um homem profundamente religioso, escreveu um tratado breve, mas bonito sobre este assunto, chamado "Relativo aos Gigantes." Baseando sua exposição na versão grega da Bíblia, ele os apresenta como "Anjos de D-us." Diz Bamberger, "Se ele encontrasse a frase 'filhos de D-us' em seu texto, com certeza teria se inspirado a fazer comentários sobre ela." (9)
Filo certamente considerou a passagem de Gênesis como histórica, explicando que da mesma maneira que a palavra "alma" se aplica à criaturas boas e más, o mesmo ocorre com a palavra "anjo." Os anjos maus que seguiram Lúcifer, em um momento posterior no tempo não resistiram à atração física do desejo e sucumbiram. Ele prossegue dizendo que a história dos gigantes não é um mito, mas está lá para nos ensinar que alguns homens são nascidos da terra, enquanto outros são nascidos do céu - e os mais elevados são nascidos de D-us. (10)
Os Pais de Igreja primitiva acreditavam da mesma maneira. Homens como Justino Mártir, Irineu, Atenágoras, Tertuliano, Lactantius, Eusébio, Ambrósio...todos adotaram esta interpretação. Nas palavras dos Pais Ante-Nicenos, os anjos cairam "em amor impuro de virgens e foram subjugados pela carne... desses amantes de virgens, portanto, foram gerados aqueles que são chamados gigantes." (11) E novamente, "...os anjos transgrediram e foram seduzidos pelo amor de mulheres e geraram filhos." (12)
Em lugar algum antes do 5º século d.C. vamos encontrar qualquer interpretação para "filhos de D-us" diferente daquela dos anjos. Não podemos negar o conhecimento da terminologia própria dos Patriarcas judeus! Eles invariavelmente traduziram "filhos de D-us" como "anjos." O testemunho de Flávio Josefo, aquele imprevisível cosmopolita e historiador, também é de suma importância. Em sua monumental obra, "Antiguidades Judaicas", ele revela sua familiaridade com a tradição dos anjos caídos que tiveram relações com as mulheres da Terra. Ele não somente conhecia a tradição, mas nos conta como os filhos dessa união possuíam força sobre-humana e eram conhecidos por sua extrema maldade. "Pela tradição, estes homens fizeram o que se assemelhava aos atos daqueles homens que os Gregos chamavam de gigantes." Josefo prossegue acrescentando que Noé protestou contra esta descendência dos anjos por causa da tirania deles. (13)
Talvez o argumento mais conclusivo para interpretar a expressão "anjos" seja o mais simples de todos. Se o escritor de Gênesis quisesse se referir aos "filhos de Sete" ele teria dito isso. Se D-us tivesse pretendido esse significado, então o versículo sem dúvida seria lido da seguinte forma, "os filhos de Sete viram que as filhas de Caim eram formosas..." Mas a Bíblia indicou algo mais sinistro - a união sexual entre anjos do Inferno e mulheres ímpias da Terra.
Por causa da gravidade de tal união e, suas conseqüências horrendas para a raça humana, D-us moveu-se para destruir a raça humana antes que ela pudesse destruir a si mesma - exceto por uma família que não havia sido contaminada.
O ÚLTIMO PECADO
D-us criou o homem à Sua própria imagem, a maior de todas as Suas criações terrestres. Embora D-us tenha dito que tudo o que fez era bom, Ele considerou o homem muito bom. O homem foi criado para ter comunhão com o próprio D-us, mas logo deu as costas e adorou a criatura mais que o Criador. Antes de muitas gerações, a raça humana estava sendo poluída por esta união abominável com demônios. Parecia que o Inferno e a Terra estavam unidos contra o D-us dos Céus. A ira justa de D-us foi tal que Ele se arrependeu de haver criado o homem.
"E viu o Senhor que a maldade do homem se multiplicara sobre a terra e que toda a imaginação dos pensamentos de seu coração era só má continuamente. Então arrependeu-se o Senhor de haver feito o homem sobre a terra..."(Gênesis 6:5-6)
Foi especificamente por causa deste último pecado que D-us provocou um dilúvio de tal magnitude, que foram submergidos o homem e os animais da face da Terra. Nas palavras do velho bispo inglês Joseph Hall:
"O mundo estava tão coberto com a imundície do pecado, que D-us viu que era hora de lavá-lo com uma inundação: e assim, fez a maldade se apegar aos autores destes pecados, que quando eles foram varridos para o nada, ainda assim não seriam levados tão facilmente, sim, eles estavam tão arraigados à terra, que D-us viu que teria de reuni-los a fim de deixá-los submersos debaixo das águas durante muitos dias." (14)
NOÉ ESTAVA IMUNE?
A razão pela qual Noé e seus familiares mais próximos foram os únicos imunes à este grande julgamento é muito significativo. Gênesis 6:9 diz, "Noé era homem justo." Ele se destacou como um exemplo de retidão e piedade em uma época de perversidade. Como Enoque antes dele, Noé também "caminhou com D-us." Mas havia outra razão pela qual Noé foi poupado, uma que parece ter escapado à maioria dos comentaristas. Gênesis 6:9 diz que Noé foi "perfeito em suas gerações." Será que isto significa perfeição moral e espiritual? Dificilmente. Gênesis 9:20-23 contesta tal perfeição. O que, então, a Bíblia quer dizer quando o chama de "perfeito?" A palavra hebraica para perfeição nesse caso é "tamiym" e vem da raiz "taman". Isto significa "sem mácula", como em Êxodo 12:5, 29:1 e Leviticos 1:3. Da mesma maneira que o cordeiro expiatório não poderia ter qualquer mancha física, assim era a perfeição de Noé. Em seu significado fundamental, "perfeição" não se refere à qualquer atributo moral ou espiritual, mas à pureza física. Noé não havia sido contaminado pelos invasores estrangeiros. Ele havia preservado sua genealogia e a preservou pura, apesar da corrupção que prevalecia, provocada pelos anjos caídos. (15)
e novamente:
A linhagem sanguínea de Noé havia permanecido livre de contaminação genética. (16)
Isto implica, naturalmente, que todas as outras famílias da Terra haviam sido contaminadas pelos Nefilins. Também prova que o ataque de Satanás à raça humana tinha sido muito mais abrangente do que pode ser compreendido. Não admira que D-us tenha pronunciado tal ordem de julgamento universal.
Quanto aos anjos caídos que participaram da abominação, D-us os aprisionou, "reservou na escuridão e em prisões eternas até ao juízo daquele grande dia" (Judas 6). Isto por vezes é interpretado como o Tártaro (Inferno) ou os "reinos inferiores" (2 Pedro 2:4). Isto explicaria também por que alguns anjos caídos estão aprisionados e por que outros estão livres para vagar pelos céus e atormentar o gênero humano.
Essa punição drástica, para homens e anjos, pressupunha um pecado drástico, algo infinitamente pior e mais sinistro do que matrimônios mistos. Não era nada menos que o reino demoníaco tentando perverter o mundo humano. Através do controle genético e da produção de híbridos, Satanás estava a ponto de privar D-us das pessoas que Ele havia criado para Si mesmo.
Se Satanás tivesse tido sucesso em seu plano de corromper a raça humana, ele teria impedido a vinda do perfeito Filho de D-us, a prometida "semente da mulher" que derrotaria o Diabo e restabeleceria o domínio do homem na Terra (Gênesis 3:15). Se Satanás tivesse por qualquer meio impedido aquele nascimento, naturalmente ele teria evitado a própria destruição. Satanás teve sucesso em grande escala. Foi por este motivo que D-us submergiu o gênero humano no Dilúvio.
ANJOS NÃO TÊM SEXO?
Interpretando os "filhos de D-us" como anjos caídos, a pergunta que surge imediatamente é - anjos se casam? Em Mateus 22:30, Jesus disse que os anjos nem se casam nem são dados em casamento. Esta parece ser uma negativa clara e enfática. No entanto, não impede a possibilidade de que tal coisa aconteça - obviamente contrariando a vontade de D-us. E não impede os anjos caídos, que já haviam se rebelado contra D-us, de coabitar com mulheres da Terra, como as Escrituras declaram.
Alguns interpretam as palavras de Jesus no sentido de que os anjos não se casam entre si. Será que é por que todos eles são do sexo masculino? Ou será que é por que seres celestiais são imortais e assim não necessitam de descendência. Somente criaturas terrestres precisam encontrar imortalidade em seus filhos. (17) mas se eles não precisam se casar e procriar, seria ainda possível que eles pudessem se envolver em atos sexuais? Se não entre si, então com parceiras humanas? Judas parece bastante explícito sobre o assunto: os anjos deixaram sua própria habitação e se entregaram à fornicação, indo após outra carne. Em outras palavras, eles eram capazes de executar funções humanas - comer, beber, caminhar, falar, até mesmo praticar atividades sexuais e gerar filhos.
O fato de anjos não se casarem não prova por si só que eles sejam assexuados. Ao longo da Bíblia, anjos são referidos apenas como homens. Finis Drake escreve: "É lógico dizer...que a mulher foi criada específicamente para que a raça humana pudesse ser mantida em existência; e que todos os anjos foram criados machos, tanto que sua espécie é mantida em existência sem o processo de reprodução. No início foram criados muitos milhares de anjos (hebreu 12:22) enquanto que, as multidões humanas começaram apenas com um par de pessoas." (18)
Mesmo no mundo vindouro, quando os santos habitarão em seus corpos ressurretos, vivendo eternamente, isso não significa que eles serão assexuados. A Bíblia ensina que todos terão seus próprios corpos na ressurreição (1 coríntios 15:35-38). Além disso, Cristo permaneceu um homem após Sua ressurreição.
DEMÔNIOS EM TODO LUGAR
Uma outra questão foi levantada. Se os anjos caídos que cobiçaram as mulheres da Terra em Gênesis 6 foram lançados no Tártaro em "cadeias eternas", como se explica os demônios que têm operado no mundo desde então? Eles pareciam ter sido bastante ativos durante o ministério de Jesus e estão ocupando novamente nossos dias. Seguindo este raciocínio, alguns compartilham a conclusão de Kent Philpott:
'Entretanto se alguém quiser interpretar Gênesis 6:1-4 para ligar esta passagem com os versos em 2 Pedro e Judas, irá levantar muito mais perguntas do que respostas. Mas 2 Pedro 2:4 e Judas 6 afirmam claramente que os anjos rebeldes estão sendo mantidos prisioneiros nas "trevas inferiores." Se eles são prisioneiros, eles não poderiam atuar como os demônios descritos no Novo Testamento.' (19)
Mas Philpott falhou em compreender que há duas categorias de anjos caídos: Aqueles expulsos do Céu juntamente com Lúcifer e que ainda estão livres para atormentar o gênero humano; e aqueles que cairam uma segunda vez cometendo atos carnais com as filhas dos homens. Os espíritos nesta segunda categoria são aqueles aprisionados nas regiões inferiores.
Parece claro para mim que os "filhos de D-us" são ninguém menos que os anjos caídos, e, por causa do pecado adicional deles de cobiçarem as "filhas dos homens", muitos foram aprisionados por D-us. Tanto a próxima aniquilação da raça humana como o encarceramento dos anjos caídos no Tártaro indica a magnitude do pecado que eles cometeram. Através de tal julgamento drástico, D-us salvou a raça humana de uma calamidade pior que a morte física, originalmente imposta à eles."
Notas:
l. Matthew Henry's Commentary (Grand Rapids: Zondervan Publishing House, 1961).
2. Aurelius Augustine, The City of God (Edinburgh: T. & T. Clark, 1949), Transl. Marcus Dods.
3. Lewis Sperry Chafer, Systematic Theology, Volume 2. (Dallas: Dallas Seminary Press, 1947), p. 23.
4. Kenneth S. Wuest, Word Studies in the Greek N.T (Grand Rapids: Wm. B. Eerdmans Publishing Co., 1966), Vol. 4, p. 240.
5. Ibid., p. 240.
6. Ibid., p. 241.
7. Unger, Biblical Demonology (Wheaton: Van Kampen Press, 1957), p. 48.
8 W. F. Allbright, From the Stone Age to Christianity (Baltimore: John Hopkins Press, 1940), p. 226.
9. Bemard J. Bamberger, Fallen Angels (Philadelphia: The Jewish Publication Society of America, 1952), p. 53.
10. Philo, DeGigantibus, pp. 58-60.
11. The Ante-Nicene Fathers, Vol. 8, pp. 85 and 273.
12. Ibid., p. 190.
13. Josephus, The Work of Flavius Josephus; Antiquities of the Jews (London: G. G. Rutledge), 1.3.1.
14. Joseph Hall, Contemplations (Otisville, Michigan: Baptist Book Trust, 1976), p. 10.
15. Companion Bible (Oxford University Press). Appendix 26.
16. The Gospel Truth Magazine, Vol. 18, (June 1978), No. 7.
17. Dr. Morgenstem, Hebrew Union College Annual, XIV, 29- 40,114ff.
18. Finis Dake, Annotated R,?ference Bible, p.63.
19. Kent Philpott, A Manual of Demonology and the Occult (Grand Rapids: Zondervan Publishing House, 1973), pp. 77-78.
2. Aurelius Augustine, The City of God (Edinburgh: T. & T. Clark, 1949), Transl. Marcus Dods.
3. Lewis Sperry Chafer, Systematic Theology, Volume 2. (Dallas: Dallas Seminary Press, 1947), p. 23.
4. Kenneth S. Wuest, Word Studies in the Greek N.T (Grand Rapids: Wm. B. Eerdmans Publishing Co., 1966), Vol. 4, p. 240.
5. Ibid., p. 240.
6. Ibid., p. 241.
7. Unger, Biblical Demonology (Wheaton: Van Kampen Press, 1957), p. 48.
8 W. F. Allbright, From the Stone Age to Christianity (Baltimore: John Hopkins Press, 1940), p. 226.
9. Bemard J. Bamberger, Fallen Angels (Philadelphia: The Jewish Publication Society of America, 1952), p. 53.
10. Philo, DeGigantibus, pp. 58-60.
11. The Ante-Nicene Fathers, Vol. 8, pp. 85 and 273.
12. Ibid., p. 190.
13. Josephus, The Work of Flavius Josephus; Antiquities of the Jews (London: G. G. Rutledge), 1.3.1.
14. Joseph Hall, Contemplations (Otisville, Michigan: Baptist Book Trust, 1976), p. 10.
15. Companion Bible (Oxford University Press). Appendix 26.
16. The Gospel Truth Magazine, Vol. 18, (June 1978), No. 7.
17. Dr. Morgenstem, Hebrew Union College Annual, XIV, 29- 40,114ff.
18. Finis Dake, Annotated R,?ference Bible, p.63.
19. Kent Philpott, A Manual of Demonology and the Occult (Grand Rapids: Zondervan Publishing House, 1973), pp. 77-78.
Extraído e traduzido livremente de: http://www.mt.net/~watcher/enoch5.html