domingo, 25 de julho de 2010

A queda dos anjos vista pelos primeiros pais da igreja.

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Assim com foi nos Tempos de Noé (Mt 24:37):





Os "Bene HaElohim" "filhos de D'us' (ler Gn 1:2,4 - Jó 1:6).



Todos os supostos "extraterrestres" "ET" e fenômenos ufo's no mundo, são provocados por anjos caídos, os principados e potestades nos céus, que habitam nos lugares celestiais. (ver Efésios 3:10 - Efésios 6:2 - Apocalipse 12:7,8).



Segundo Judas irmão de Jesus Cristo, estes anjos caídos não guardaram o seu principado, mais deixaram a sua própria habitação nos céus (Judas 1:6,7) e desceram em forma de 200 bene HaElohim no monte Hermon antes do dilúvio.

Judas 1:6,7



6 E aos anjos que não guardaram o seu principado, mas deixaram a sua própria habitação, reservou na escuridão e em prisões eternas até ao juízo daquele grande dia; 7 E Assim como os de Sodoma e Gomorra, e as cidades circunvizinhas, que, havendo-se corrompido como aqueles, e ido após outra carne, foram postas por exemplo, sofrendo a pena do fogo eterno





A expressão de Judas acima é:



Assim [estes anjos "Bene HaElohim" fizeram] como os de Sodoma e Gomorra, e as cidades circunvizinhas...ido eles após outra carne...(filha dos homens - Gên. 6:2,4).



Em azul amarelo acima, Judas fala dos anjos "Bene HaElohim" (ver Jó 1:6) que não guardaram o seu principado, mas deixaram a sua própria habitação e foram eles após outra carne humana.





Em vermelho , Judas fala dos habitantes de Sodoma e Gomorra, e as cidades circunvizinhas.



I Coríntios 11:6,10,11

...10 Portanto, a mulher deve trazer sobre a cabeça um sinal de submissão, por causa dos anjos...

13 Julgai em vós mesmos: É decente para a mulher orar a D'us descoberta?



Vale notar bem que Judas conhecia bem esta passagem que se encontra no Livro de Enoque, quando mencionou em Judas 1:14 como:



Judas 1:14

14 E Enoque, o sétimo proveniente- de- junto- de Adão, também profetizou quanto a estes, dizendo:

"Eis que o Senhor veio entre Suas santas miríades" , Gn 5:18; Dn 7:10; At 1:11; 1Ts 1:10; 2Ts 1:10; Ap 1:7
;



O Livro de Enoque pertencia ao Cânon do Novo Testamento e foi achado nas Cavernas de Cunram em Israel.



Também além deste motivo acima, Paulo conhecia outros motivos por causa do que também conhecia o livro de Enoque ou o que os "Bene HaElohim"fizeram em (Gênesis 6;2,4)? Os cabelos das mulheres fascinam tantos aos homens como aos anjos caídos "Bene HaElohim", por isto Paulo mostrou que a mulher cobrisse a cabeça?

Não é a toa que as mulheres muçulmanas são obrigadas desde a infância por costume a usarem o véu e não é só por causa de submissão ao marido, mais sim para evitar que os outros caiam em tentação de olhar para a beleza da mulher do próximo.



2 Pedro 2:4,5

4 Porque, se Deus não perdoou aos anjos que pecaram, mas, havendo-os lançado no tartaroō g5020, os entregou às cadeias da escuridão, ficando reservados para o juízo; Jd 1:6; Ap 20:3; 5 E não perdoou ao mundo antigo, mas guardou a Noé, pregoeiro da justiça, com mais sete pessoas, ao trazer o dilúvio sobre o mundo dos ímpios;



"Pedro diz acima confirmando o que Judas disse, que D’us “Não perdoou aos anjos "Bene HaElohim" que pecaram indo a outra carne (relação sexual com a filha dos homens)" Gn. 6:2,4



http://www.blueletterbible.org/Bible.cfm?b=2Pe&c=2&t=KJV#conc/4



O Tartaro não é o inferno 2 Pedro 2:4. Mais (cadeias da escuridão).



No grego Inferno é Geena de Mateus 10:28, que disse Jesus Cristo aonde o corpo e alma vai , aqueles que não nasceram da água e do espírito (Leia o evangelho de João 3: 3,5,16,18).



Mateus 10:28

28 E não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma; temei antes aquele que pode fazer perecer no inferno a alma e o corpo.



[ inferno é Geena no grego].



http://www.blueletterbible.org/Bible.cfm?b=Mat&c=10&t=KJV#conc/28



Leia a Bíblia clique neste link:

http://www.biblias.com.br/



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Hoje em dia, quer sejam eles (Et´s) chamados benevolentes ou não como os tais cinzas, os tais da Confederação Galáctica, os tais de Alfa Draconis, os tais das constelações das pleides, os tais das constelação de Orion, os tais da quarta e da quinta dimensão, todos eles sem exceção são anjos caídos, cujo chefe é nada menos do que o Dragão, a antiga serpente que se chama no livro do Apocalipse 12 de Satanás!



Eles vão dizer que vêem para terra para ajudar a humanidade de uma catástrofe climática, ou de uma guerra nuclear, mais o propósito deles é enganar a humanidade e destruir as almas dos homens e o que eles querem é que todos os homens se percam na eternidade e procuram cegar os homens para que eles não aceitem a Jesus Cristo como Senhor e Salvador para que eles sejam salvos por Cristo e que segundo a Escritura, todos eles serão punidos por toda a eternidade juntamente com aqueles que os adorarem e serão jogados para dentro do lago de fogo.



Não confundir os "Nefilins" nĕphiyl com os "Bene HaElohim" ou traduzido para o português como "filhos de D'us'" (Gênesis 6:2 - Jó 1:6). Os "Nefilins" significa "aquele que caiu" e deriva da forma causativa do verbo na·fál ou nefal (fazer cair; cortar) em Hebreu e em Gênesis 6:4, foi traduzido por "gigantes" estes eram os filhos dos Bene HaElohim no qual as filhas dos homens ficaram gestantes destes Ben Elohim (ver Gn 6:2,4,) chamados estes últimos os "Nefilins" ou chamado de gigantes em Gênesis, no tempo de Noé e antes do dilúvio.

Os nefilins ou gigantes ao morrerem no diluvio, se transformaram nos espíritos de demônios que a Bíblia relata e que atormentam a humanidade até hoje.



http://pt.wikipedia.org/wiki/Nefilim



Gn 6:2 Strong Concordance ben 'elohiym h1121 h430 'filhos de D'us



http://www.blueletterbible.org/Bible.cfm?b=Gen&c=6&t=KJV#conc/2



Gn 6:4 Strong Concordance nĕphiyl h5303 'gigantes'



http://www.blueletterbible.org/Bible.cfm?b=Gen&c=6&t=KJV#conc/4





No tempo de Moisés ao mandar os espias a terra, eles observaram outros tipos de gigantes vivendo na terra de Canaã.





A queda dos anjos vista pelos primeiros pais da igreja.:







A tradição da queda dos anjos estava espalhada e existia na época do nascimento do cristianismo no Egito. Ainda hoje persiste na Síria, no Egito e na Etiópia, onde existem igrejas cristãs muito diferentes das nossas. Atualmente, a Igreja Cristã da Etiópia, ou Igreja Copta, mantém o Livro de Enoque em sua Bíblia, como documento oficial. Entre demais cristãos atuais é considerado apócrifo, o que não é de estranhar. Os primeiros pais da Igreja, e os principais pensadores cristãos dos três primeiros séculos conheciam Enoch. Também a Bíblia não era a que conhecemos. De acordo com Luther Link, «até o século IV, Enoch fazia parte do ainda mal definido cânone[41]»; «Familiar para os judeus e primeiros cristãos, Enoch foi um texto sagrado autêntico para Judas, Clemente, Barnabé, Tertuliano e outros primeiros pais (embora Jerônimo e Orígenes fizessem ressalvas). A influência desse livro foi tamanha que ele chegou citado até mesmo por críticos pagãos, como Celso, que estudou as Escrituras. Muitos conceitos cristãos tem sua primeira ocorrência em Enoch.»[42]; «Essa interpretação influente apresentada por muitos dos primeiros pais da Igreja é uma razão para Enoch ter sido excluído do cânone. Eis o que os primeiros pais escreveram: Justino, martirizado em Roma em 165 d.C., explicou que alguns anjos violaram a ordem apropriada das coisas, cederam a impulsos sexuais e tiveram relações com mulheres, cujos filhos agora chamamos de demônios (Justino, Apologia, II, 2-6). Esses demônios são a causa de assassinatos, adultérios e todos os outros males. Atenágoras, outro apologista cristão grego, escreveu (em 177) que o Diabo foi criado por Deus exatamente como Ele criara os demais anjos. O homem possui o livre-arbítrio para escolher entre bem e mal, e o mesmo vale para os anjos. O homem possui o livre-arbítrio para escolher entre bem e mal, e o mesmo vale para os anjos. Mas no passado alguns anjos sentiram desejo por virgens, tornaram-se escravos da carne, tiveram relações sexuais com elas e nasceram-lhes filhos que eram gigantes. Junto com as almas desses gigantes, os anjos que caíram do Céu assombram o ar e a terra; são os demônios que vagam pelo mundo (Antenágoras. Plea, 24). Clemente de Alexandria, outro apologista importante, foi um pensador flexível e sutil na virada do século II. Condenado no século IX como herege pelo patriarca ilegalmente consagrado Fócio, Clemente foi eliminado do martirológio romano. Ele supôs que as verdades da filosofia grega haviam sido roubadas pelos gregos dos hebreus. Tanto os textos gregos como os hebreus misturam verdade e erro, sendo o Diabo a origem da confusão (Clemente. Stromateis, V, I, 10, 1-3). Em última análise, argumentou Clemente, todas as verdades da filosofia provêm dos anjos caídos; essa idéia deriva de Enoch.»; «Tertuliano[43], como Clemente, acreditava que os anjos celestes que tinham mantido relações sexuais com as filhas dos homens, tal como descrito em Enoch, revelaram muitas artes secretas, inclusive o mistério do kohl. Em prosa evocativa, Tertuliano serve-se de uma sentença de Enoch (cap. 8) e a expande para explicar que os anjos caídos ensinaram às mulheres:



«A radiância de pedras preciosas que com que se ornam colares em cores várias, os braceletes de ouro que envolvem seus braços, as preparações coloridas que se usam para tingir lã, e o pó negro [...] para realçar a beleza de seus olhos.» (Tertuliano. The apparel of women, 2,1.)



Tertuliano fez inúmeras referências a Enoque. Em sua célebre Apologia, por exemplo, ele interpreta o Gênesis à luz de Enoch quando escreve que as Escrituras nos dizem que “alguns anjos perverteram-se e originaram uma raça ainda mais corrompida de Diabos”. Ele e outros primeiros pais da igreja aceitaram a idéia dos anjos pervertidos porque interpretaram o capítulo 6 do Gênesis à luz de Enoch.»[44]



Entretanto, nem todos estavam satisfeitos com isso: «Anjos, “os Filhos de Deus”, mantendo relações sexuais com mulheres, as filhas dos homens, era algo que requeria comentário. Os autores judeus interpretaram “filhos de Deus” como filhos de príncipes e nobres. Alguns cristãos, entre eles santo Agostinho, julgaram que a expressão significava homens piedosos que são espiritualmente os filhos de Deus. Tanto os autores judeus como os cristãos evitaram o significado óbvio: que alguma barreira entre os filhos de Deus e os filhos dos homens foi rompida, não por vontade divina mas por desejo sexual.»[45]



Nessa época, até mesmo aqueles anjos que não “caíram” estavam causando prejuízos para a igreja cristã... Santo Agostinho, em seu tempo de pregação, enfrentou um problema causado pela grande popularidade dos anjos: As pessoas estavam fazendo-lhes sacrifícios, orando, etc. e isto estava meio que fora de controle. Por isso ele tentou reduzir os anjos à forma mais abstrata possível e pregava ao público: «Sejam quais forem, por conseguinte, os bem aventurados imortais habitantes das mansões celestes, se não tem amor por nós, se não desejam nossa felicidade, não merecem nossa homenagem. Se nos amam, se querem nossa felicidade, querem sem dúvida que a recebamos da mesma fonte que eles»; «Legítimos habitantes das moradas celestes, os espíritos imortais, felizes pela posse do Criador, eternos por sua eternidade, fortes de sua verdade e santos por sua graça, tocados de compulsivo amor por nós, infelizes e mortais, e desejosos de partilhar conosco sua imortalidade e beatitude, não, querem que sacrifiquemos a eles, mas Àquele que sabem ser, como nós, o sacrifício [ou seja, Jesus Cristo]. Porque somos com eles uma só Cidade de Deus.»; «Quanto aos milagres, sejam quais forem, operados pelos anjos ou por qualquer outro modo, se se destinam a glorificar o culto da religião do verdadeiro Deus, princípio único da vida bem aventurada, devem ser atribuídos aos espíritos que nos amam com verdadeira, é preciso acreditar ser o próprio Deus quem neles e por eles opera.»; «... Aquele cuja palavra é espírito, inteligência, eternidade, palavra sem começo e sem fim, palavra ouvida em toda a pureza, não pelos ouvidos do corpo, mas do espírito, por intermédio de seus ministros, enviados que gozam de sua verdade imutável, no seio de eterna beatitude, palavra que lhes comunica de maneira inefável as ordens que devem transmitir à ordem aparente e sensível, ordens que executam sem demora e facilmente.»; «Assim, mostram-nos os anjos fiéis com que sincero amor nos amam; com efeito, não é à sua própria dominação que querem submeter-nos, mas ao poderio daquele que são felizes de contemplar, soberana beatitude a que desejam cheguemos também e de que não se apartam.» (De civitate Dei, X).



Os anjos eram tão populares que, apesar das Escrituras não darem uma descrição precisa a respeito da “hierarquia celeste”, estudiosos cristãos esforçaram-se para descrever um quadro bem definido. (Podemos ver que estas descrições de autores cristãos foram bastante influenciadas pela filosofia platônica, aristotélica e textos gregos em geral, se afastando em muito do sentido original dos “bene ha’ Elohim”, principalmente nos comentários referentes aos demônios). A fonte mais abalizada para a obtenção de uma angelologia cristã é Pseudo-Dionísio, o Areopagita. Seus tratados Gerarchia celeste, Gererchia ecclesiastica, Nomi divini e suas Epistole formaram um corpo que granjeou a estima de muitos, inclusive Gregório Magno, são Tomé, a Escolástica, Dante, Meister Eckhart e são João da Cruz. Seu texto Gerarchia celeste é o mais conhecido e apreciado da angelologia cristã. Dionísio estabeleceu que existem nove ordens celestes, subdividas em três ordens principais: A primeira é aquela que está sempre na presença de Deus e inclui os Tronos e suas legiões ‘com muitos olhos e muitas asas’ (os Querubins e os Serafins) A Segunda ordem inclui os Poderes, as Dominações e as Virtudes; a terceira os Anjos, os Arcanjos e as Potestades. Foi só com Dionísio e Tomás de Aquino que o número das hierarquias foi estabelecido e tornou-se praticamente definitiva nas obras posteriores de autores cristãos. — Seguindo a linha de Dionísio, Tomás de Aquino faz uma longa descrição das hierarquias celestes na Suma contra os gêntios[46]:



«Como as coisas corporais estão governadas pelas espirituais, segundo consta, e entre as corporais existe uma certa ordem, é mister que os corpos superiores sejam governados pelas substâncias intelectuais superiores, e os inferiores pelas inferiores. Além disso, porque quanto mais superior é uma substância, tanto mais universal é sua virtude. Logo, a virtude da substância intelectual é mais universal que a virtude corpórea; e por conseguinte, as substâncias intelectuais superiores possuem virtudes que não podem ser desempenhadas por virtude corporal alguma, e por isso não estão unidas a corpos; já que as inferiores possuem virtudes parciais e que podem ser desempenhadas por alguns instrumentos corporais, dessa forma, é preciso que estejam unidas aos corpos.



E como as substâncias intelectuais superiores tem uma virtude mais universal, por isso também estão mais perfeitamente dispostas por Deus, de maneira que conhecem com detalhe a finalidade da ordem que Deus lhes comunica. E esta manifestação da ordenação divida, realizada por Deus, chega inclusive às substâncias intelectuais mais inferiores, como confirma [a palavra] de Jó: “Inumeráveis são Seus servidores, e sobre qual deles não resplandece Sua luz?” (Jó 25:3). Não obstante, as inteligências inferiores não a recebem de maneira tão perfeita que possam conhecer com detalhe quanto hão de executar em vista do ordenado pela providência, mas somente em geral; pois, quanto mais inferiores são, menos conhecimento detalhado da ordem divina recebem ao serem iluminadas pela primeira vez; entretanto, o entendimento humano, que possui o último grau do conhecimento natural, só tem notícia de algumas coisas universalíssimas.



Assim, pois, as substâncias intelectuais superiores recebem imediatamente de Deus um conhecimento perfeito da ordem divina e, em conseqüência, o hão de comunicar às inferiores, tal como, segundo dissemos, o conhecimento universal do discípulo é aperfeiçoado pelo mestre, que conhece com detalhe. Por isso, Dionísio, falando das supremas substâncias intelectuais, que chama primeiras hierarquias, em outras palavras, sagrados principados, disse que não são santificadas por outras, mas que alcançam imediatamente e plenamente de Deus a santidade, e, enquanto cabe, são transportadas à contemplação da beleza imaterial e invisível e ao conhecimento dos motivos das obras divinas; e disse que por elas são doutrinadas as ordens subalternas de espíritos celestes. Segundo ele, as inteligências mais elevadas recebem do princípio mais alto a perfeição de seu conhecimento. [...]»



«Assim, pois, aquelas inteligências que percebem imediatamente em Deus o conhecimento perfeito da ordem da divina providência estão dispostas numa certa hierarquia, porque os superiores e primeiros vêem a razão da ordem da providência — em si mesma - o último fim, que é a bondade divina; porém uns com maior clareza que outros. E estes se chamam Seraphim, i. e., ardentes ou incandescentes, porque o incêndio designa a intensidade do amor ou do desejo, que são duas tendências em relação ao fim. Por isso disse Dionísio que com este nome se designa sua rapidez ou eterno movimento em torno da divindade, fervente e flexível, e sua capacidade de influenciar os seres inferiores excitando-os a um sublime fervor à divindade[47].



Os segundos conhecem perfeitamente a razão da ordem da providência na imagem mesma de Deus. E se chamam Cherubim, que quer dizer plenitude da ciência, já que a ciência se aperfeiçoa pela forma cognoscível. Por isso disse Dionísio, que tal nome significa que são contempladores da primeira virtude operante da divina beleza[48].



Dessa forma, os terceiros contemplam a disposição das ordens divinas nelas mesmas. E se chamam Throni, porque trono significa o poder de julgar, segundo o dito: "Te sentas no trono e distribui justiça" (Salmos 9:5). Conforme isso, disse Dionísio que com este nome se declara que são portadores divinos e tomam parte familiarmente em todas as determinações divinas[49]. [...]



Por outra parte, entre os espíritos inferiores que para executar a ordem divina recebem das superiores um conhecimento perfeito é preciso estabelecer uma ordem. Pois os mais altos deles tem uma virtude mais universal do conhecimento; por isso conhecem a ordem da providência nos princípios e causas mais universais enquanto os inferiores o obtêm em causas mais particulares. [...]



Também estas substâncias intelectuais (i. e. os anjos da Segunda hierarquia) hão de ter certa ordem. Porque, efetivamente a disposição universal da providência se distribui, em primeiro lugar, entre muitos executores. E isso se realiza pela ordem das Dominationum, pois é próprio dos senhores mandar o que hão de executar os outros. Por isso disse Dionísio que este nome (de) dominação designa certo senhorio que rejeita toda servidão e que é superior a toda submissão.



Em segundo lugar, a providência é distribuída e aplicada a vários efeitos pelo que age e executa. E isso se faz mediante a ordem das Virtutum [virtudes], cujo nome, segundo Dionísio, significa certo augusto poder aplicado à todas as obras divinas, que não abandona a nenhum movimento a sua própria debilidade. E isso demonstra que o princípio universal da atividade pertence à esta ordem. Segundo isso, parece que movimento dos corpos celestes, dos quais procedem, como de certas causas universais, os efeitos particulares da natureza, pertence à esta ordem. Por este motivo se chamam virtudes celestes no cap. 21 de S. Lucas, onde diz: “Se moveram as virtudes celestes”. Parece também que a execução das obras divinas que se realizam à margem da ordem natural pertence à esta classe de espíritos, porque tais obras são o que há de mais sublime nos mistérios divinos. Por esta razão diz S. Gregório que “se chamam virtudes aqueles espíritos que freqüentemente fazem coisas milagrosas” (Homil. 34). Por fim, se no cumprimento das ordens divinas há algo principal e universal, é conveniente que pertença à esta ordem.



Em terceiro lugar, a ordem universal da providência, estabelecida já nos efeitos, é preservada de toda confusão pela coerção exercida sobre aquilo que poderia perturbá-la. Coisa que corresponde à ordem das Potestatum [potestades]. Por isso disse Dionísio que o nome de potestade implica certa ordenação, bem disposta e sem confusão alguma acerca do estabelecimento por Deus. E por isso disse S. Gregório que corresponde a esta ordem o conter das forças opostas.



As últimas das substâncias intelectuais superiores são aquelas que conhecem divinamente a ordem da providência através das causas particulares, e são as imediatamente superiores às coisas humanas. Sobre elas Dionísio disse que esta terceira ordem de espíritos manda, por conseguinte, nas hierarquias humanas. E por coisas humanas se há de entender todas as naturezas inferiores e causas particulares que estão ordenadas ao homem e sujeitas a seu serviço.



Aqui também existe uma ordem. Pois nas coisas humanas existe certo bem comum, que é o bem da cidade ou dos cidadãos, e que, ao parecer, pertence a ordem dos Principatuum [principados]. Por isso, disse Dionísio que o nome de principados significa certa categoria de caráter sagrado. Conforme isso, Daniel fez menção de Miguel, príncipe dos judeus e príncipe dos persas e gregos (Dan. 10, 13-20). Segundo isso, a disposição dos reinos, a transmissão de poder de um povo a outro, deve pertencer ao ministério desta ordem. Inclusive a inspiração daqueles que são príncipes entre os homens com respeito a como hão de administrar seu governo, parece que corresponde à esta ordem.



Há, porém, outro bem humano que não é comum, mas individual, ainda que não se utilize em benefício próprio, mas em benefício de muitos: Como as coisas de fé, que todos e cada um hão de crer e observar; o culto divino, etc. E isto corresponde aos Archangelos [arcanjos], de quem disse S. Gregório que anunciam o maior; razão porque chamamos arcanjo a Gabriel, que anunciou a encarnação do Verbo à Virgem.



Há, também, certo bem humano que pertence a cada um em particular. E os bens desta classe correspondem à ordem dos Angelorum [anjos], que, segundo S. Gregório, anunciam as coisas pequenas; e por isso se chamam custódios dos homens, segundo o dizer do salmo: “Te encomendará a seus anjos para que te guardem em teus caminhos” (Sl. 90;11). Por isso, disse Dionísio que os arcanjos são intermediários entre os principados e os anjos, e tem como ambos algo em comum; dessa forma, com os principados, enquanto que são chefes dos anjos inferiores, (...) e com os anjos, porque anunciam aos anjos e, mediante estes — cujo ofício é manifestarem-se aos homens —, a nós o que lhes corresponde segundo a categoria. Por este motivo a última ordem se apropria do nome comum como especialmente seu, porque desempenha o ofício de anunciar aos homens sem intermediários. Daí que os arcanjos tem um nome composto pelos dois, pois se chamam arcanjos, i. e., príncipe dos anjos. (...)



Por último, em todas as virtudes ordenadas é comum que todas as inferiores obrem em virtude da superior. Segundo isso, o que dissemos que pertence à ordem dos serafins o executam as inferiores na virtude dos mesmos. E isso se aplica também às ordens seguintes.»



São Tomás de Aquino fala sobre os anjos em outras partes de sua vasta obra, como por exemplo, nos seguintes trechos da Suma Teológica: «Nos anjos (lat. angelis) não pode haver outra virtude senão a intelectiva e a vontade, conseqüente ao intelecto, porque nisso consiste toda a virtude do mesmo. A alma [humana], porém, tem muitas outras potências; assim, as sensitivas e as nutritivas. E portanto, não há símile.»; «o intelecto angélico está sempre em ato em relação aos seus inteligíveis, por causa da proximidade com o intelecto primeiro, que é ato puro como antes se disse.»; «Há, porém, outra virtude cognoscitiva que nem é ato de órgão corpóreo, nem está, de qualquer modo, conjunta com a matéria corpórea, como o intelecto dos anjos. Por onde, o objeto desta virtude é a forma subsistente sem a matéria. Pois, embora conheçam os anjos as coisas materiais, só as vêem no imaterial a saber, em si mesmos ou em Deus»; «inversamente [aos homens], os anjos conhecem as coisas materiais pelos seres imateriais»; etc.



Com isso, misturando um bom bocado de filosofia grega nos farrapos que restavam da tradição judaica dentro do cristianismo, negou-se que os anjos tivessem corpos e, portanto, não poderiam ter tido relações sexuais com ninguém. — Luther Link continua: «No século V santo Agostinho afirmou, confiante: “Não há dúvida quanto ao fato de esses ‘anjos’ serem homens, e não, como crêem alguns, criaturas diferentes de homens”. Em nossa época, assim como na de santo Agostinho, quando as pessoas dizem “não há dúvida”, geralmente há... Santo Agostinho argumenta que os “filhos de Deus” eram anjos apenas no espírito, por isso se permitiram a perda da graça. Antes da queda, essas pessoas potencialmente superiores tiveram filhos não em conseqüência de seu arrebatamento sexual, mas com o intuito de “povoar de cidadãos a cidade de Deus”:



«Seja como for, eu nem sonharia em crer que foram os santos anjos de Deus a sofrer tal queda no presente caso [...] e não é preciso apelar para os textos que se apresentam sob o nome de Henoch e contêm as fábulas sobre gigantes [nem] a alguns textos sob os nomes de vários profetas e apóstolos que são divulgados por hereges.»



Enoch tornou-se um instrumento de hereges. Mas o que santo Agostinho não nos diz – e que de fato apenas estudos recentes revelaram – é que algumas seções desse livro, nos quais se mencionam gigantes, haviam sido “apropriadas” ou “tomadas antecipadamente” pelos mesmos maniqueístas que haviam ensinado santo Agostinho e a quem este depois repudiou. Bastou que santo Agostinho estigmatizasse esse livro como herético para que ele ficasse eficazmente enterrado por um milênio.»[50] — Essa tática de substituição de uma mitologia por outra foi tão bem sucedida que até no princípio do século XX havia quem se escandalizasse com aqueles que defendiam as idéias do livro de Enoch:



«Mas e estes “filhos de Deus”? Dando crédito aos exegetas autorizados da Bíblia, os anjos teriam descido do céu de Deus para fazer amor as mulheres e engravida-las! Uns soldados salafrários, estes anjos! Honestamente, não podemos, a não ser que pensemos que o céu é um covil de bandidos, aceitar esta explicação sacrílega, visto que é difícil conceber anjos não apenas “levados pelo namoro”, mas capazes de fisicamente satisfazerem os seus desejos. Seriam os anjos seres materiais? Sexuados como nós, mais do que nós, invadidos pelo demônio da concupiscência?»[51]



Mas nem assim o problema estava inteiramente resolvido. Havia ainda um fragmento da queda dos anjos no Gênese que desde então passou a ser considerado pelos exegetas, como de difícil compreenção. — Evidentemente, dizer que os “filhos de Deus” não fizeram o que diz em Enoch seria também negar o próprio livro da Gênese, que conta resumidamente a mesma história... O remédio seria então mudar a identidade dos “filhos de Deus”. (Que grandes atrativos poderia ter o servisso divino se um expressivo grupo de 200 anjos preferiu deixa-lo – conscientes de que sofreriam uma horrível punição futura – só para fazer sexo com fêmeas humanas?) Era necessário dar uma explicação simples e compreensível, adequada ao povo. Por isso, a partir do século IV, em função de uma noção mais abstrata da natureza angélica, a literatura patrística começou a ver os “filhos de Deus” como a linhagem piedosa de Set, (que são espiritualmente os filhos de Deus) e as “filhas dos homens” como a descendência depravada de Caim.



Livros apócrifos, como o Combate de Adão e Eva, traduzido do etíope, insurgiram-se contra a natureza divina dos pais dos Nenfelin:



«E os antigos sábios escreveram sobre eles, dizendo que os anjos desceram dos céus e se ligaram com as filhas de Caim e que delas nasceram gigantes.



Mas enganam-se quanto a isto; não é verdade que os anjos, que são espíritos, se misturem pecando com os homens... Mas, de acordo com a sua essência e natureza, eles não são nem macho nem fêmea, mas puros espíritos, os quais, a partir da sua queda, se tornaram negros.»[52]



Apesar de tudo, talvez a associação da descendência de Caim com Semijazah e seus anjos tenha sido uma boa escolha pois, como já vimos, Caim e seus descendentes também foram “responsabilizados” pela construção das primeiras cidades: Assim como os anjos, eles teríam criado a vida urbana, a civilização e a guerra. Tubalcaim foi “o pai de todos os laminadores”; Outros formaram as castas dos criadores de gado, dos músicos, dos ferreiros, das meretrizes, etc. O próprio nome “Caim” vem de uma raiz que significa “produzir; adquirir; comprar”. Eles estavam destinados ao comércio. — No entanto, a parte mais lembrada da história de Caim era sem dúvida o episódio do assassinato de Abel.



Na verdade, se levarmos em conta o fato da tradição nomear personagens bíblicos de acordo com a personalidade dos mesmos, parece que para os primeiros judeus, Abel não foi uma vítima tão desmerecida quanto pretende o texto da “Sabedoria de Salomão” e o “Novo Testamento” cristão, pois a exegese e a etimologia das palavras revelam um Abel muito diferente do que costumamos ter em mente: Abel (Hêbel, em Hebraico) significa vapor ou vaidade. Hêbel (Abel) é uma palavra que expressa em hebreu tudo aquilo que é fugaz, passageiro, rápido. A imagem do vento é usada para retratar a ilusão, a frustração, o sonho, o nada, o vazio. Segundo o Dicionário Thesarus, de Genesius — Abel (Hêbel) é um nome baseado em diversos sons: Hab-Hav-Av-Bal-Habál. Estes sons formam uma série de conceitos, inspirados na imagem do vento e do sopro. O plural hebráico de Hêbel é Habelím. Os profetas israelitas chamam os ídolos pagãos de Habelím, nome depreciativo e irônico que quer dizer: os ídolos são vento, sopro, fumaça, futilidade, ilusão, estupidez, inutilidade, nada. Hêbl significa também luto. Não qualquer luto, mas as dramáticas demonstrações de pesar e dor próprias dos orientais, luto cheio de gritos e lamentos. José fez luto por seu pai Jacó durante setenta dias, chorando com todo o Egito. O último Cap. do Gênesis descreve o episódio. Foi tão impressionante que os povos cananeus deram ao lugar o nome de Êbel Mitsráim, ou seja, o luto dos egípcios.



O Eclesiastes, nos fornece mais detalhes sobre a significação de Hêbel. Querendo sintetizar todas as suas frustrações, o rei exclamou: “Vaidade das vaidades, tudo é vaidade.” Em hebreu, a frase soa assim: Habél Habalim Ha.Kol Habel. As traduções dizem: Vaidade das vaidades, tudo é vaidade, mas podemos multiplicar as variantes: ilusão das ilusões, fumaça e mais fumaça, nada sobre nada, mentira e mais mentiras, vento e apenas vento, frustração em cima de frustração, sopro que some no ar, luto e nada mais que luto, aborto de ilusões. Todas essas idéias estão contidas no texto e no contexto do Eclesiastes, além de muitas outras, sugeridas pela etimologia de Hêbel, ou seja, pela imagem do sopro e do vento. Repare que Salomão repete três vezes a palavra: Habél – Habalim – Habel. O grito de Salomão no Eclesiástes, é o grito da tragédia humana, sintetizando toda a dor do homem em todos os tempos. O nome de Abel (Hêbel) como sinônimo de frustração e desgraça, aparece ainda em diversos outros lugares da Bíblia. Para ninguém por em dúvida o sentido da palavra, ela vem acompanhada de vários sinônimos paralelos:



TÔHU : deserto, vazio, nada, devastação, ruínas. “Por nada e por vento consumi minhas forças
O Altíssimo é Amor que nos atinge como Graça.

O Altíssimo é Luz que nos atinge como Verdade.


LER O RESTO DESTE ARTIGO SÓ NO FÓRUM JUDAICO ABAIXO:



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